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"La Niña" promete trazer frio extremo à Europa este inverno
Este inverno promete ser particularmente rude na Europa se juntarmos à possível falta de energia para aquecimento as condições de ar seco e frio extremo que pode provocar o fenómeno climático “La Niña”.
O diretor do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus, Carlo Buontempo explica: “… enquanto a temperatura está a subir em todo o mundo, a Ásia Central permanecerá fria por enquanto. Assim que começarmos a ter as zonas orientais frias, este ar siberiano deslocar-se-á sobre a Europa e fará a temperatura baixar – esse é o risco que enfrentamos especialmente no início do inverno”.
O impacto do “La Niña“, o poderoso padrão climático influenciado por temperaturas mais frias sobre o oceano pacífico está a ser sentido de diferentes maneiras em diferentes continentes.
Na Austrália registam-se algumas das condições mais húmidas de sempre; nas partes ocidentais da América do Norte está a ser vivida uma seca sem precedentes e para a Europa o impacto do “La Niña” pode significar tempo extremamente frio.
E já não falta muito. O perito em meteorologia, Dave Throup, diz que “vamos ver estes extremos e estes extremos vão certamente piorar ao longo das nossas vidas. Vamos ter de nos habituar a que as coisas se tornem consideravelmente mais severas”.
O frio intenso chega numa altura em que a escassez de gás é uma possibilidade real para muitos europeus e, para os londrinos Eileen e Michael O’keefe não poderia ser pior. Fazer uma simpes chávena de chá já custa três vezes mais.
O casal só se lembra de um período mais assustador do que este, mas Eileen mantém o otimismo: “ultrapassámos a guerra e o racionamento e conseguiremos ultrapassar isto. Mas penso que nos próximos 6 a 9 meses vai ser muito difícil”, afirma
O tempo é difícil de prever, mas os dados existente sugerem que o inverno será muito mais frio do que o normal.