Mundo
UE e EUA convergem sobre tecnologia e comércio
Estados Unidos e União Europeia tentam ultrapassar as diferenças no campo comercial, nomeadamente o diferendo sobre os subsídios e reduções fiscais dadas pelo governo norte-americano às empresas que produzem carros elétricos e outros produtos da chamada “tecnologia verde”: Esse foi o objetivo deste Conselho para a Tecnologia e Comércio, que juntou os dois lados do Atlântico em College Park, nos Estados Unidos.
“Chegámos a um acordo notável sobre os semicondutores, sobre a prevenção de novas ruturas de stock e como assegurar que temos uma visão para o futuro, mas também sobre a transparência e os subsídios”, disse a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager.
O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, realça também os progressos alcançados: “Foi feito um trabalho muito positivo ao longo destas três sessões, seja no que toca à convergência no controlo das exportações, seja no mecanismo muito poderoso para lidar com a agressão russa à Ucrânia, em garantir uma cadeia de abastecimento segura, particularmente de semicondutores, convergência nos mecanismos de verificação, tanto das entradas como das saídas, e convergência na forma de lidar com as práticas anticomerciais de certos países. Em todas essas áreas, este conselho fez um progresso muito concreto”, disse.
O programa governamental de apoio à indústria dita “verde” nos Estados Unidos está orçado em 369 mil milhões de dólares e inclui subsídios e reduções fiscais às empresas que produzem em solo norte-americano ou que usam produtos norte-americanos. A União Europeia considera que esta política dá uma vantagem injusta aos Estados Unidos e cria distorções, tal como frisou a presidente Ursula von der Leyen.