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Brasileiro Márcio Freire é a primeira vítima mortal do canhão de ondas da Nazaré

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Brasileiro Márcio Freire é a primeira vítima mortal do canhão de ondas da Nazaré

Morreu esta quinta-feira na Praia Norte da Nazaré, Marcio Freire. É a primeira vítima mortal ligada ao surf na meca das ondas grandes em Portugal, o famoso canhão da Nazaré.

A morte foi confirmada pela Capitania do Porto da Nazaré. O comandante Mário Lopes Figueiredo descreveu Márcio Freire como um surfista experiente e explicou que o brasileiro teria caído durante a prática da modalidade.

O surfista ainda foi rebocado para a praia por um colega numa mota de água, mas já estava em paragem cardiorrespiratória, que se revelaria fatal.

“Lamentavelmente, nenhuma das manobras de suporte de vida teve sucesso, acabando o óbito por ser declarado no local”, afirmou Mário Lopes Figueiredo, tendo assim registado “a primeira morte ligada ao surf nas ondas grandes da Praia do Norte”.

Márcio Freire tinha 47 anos, é descrito no Brasil como um dos surfistas pioneiros no domínio das ondas gigantes e conhecido como um dos “Mad Dogs”, o trio da Baía a que também pertencem Danilo Couto e Yuri Soledade.

O trio ficou famoso por enfrentar as poderosas vagas sem a ajuda de motas de águas para “subir” nas ondas e brilhou no documentário homónimo filmando nas ondas de Jaws, em Maui, no Havai.

“O legado do Márcio será eternizado, ele influenciou uma geração e vai continuar influenciando, porque a história dele está aí. Fiquei chocado, mas não deixei de tentar ajudá-lo. É aceitar, rezar e apoiar os amigos aqui”, afirmou ao Globoesporte Vincius dos Santos, surfista que assistiu às manobras médicas no areal para tentar evitar a morte do amigo Márcio.

O portal da Globo recordou “uma lenda no surfe de ondas gigantes” que andou pelo mundo a apanhar ondas grandes “por amor e longe dos circuitos profissionais”.

“Nunca vivi do surf. Nunca ganhei dinheiro com o surf. Tive pouquíssimas vezes, contadas no dedo, dinheiro que veio do surf, que foi em 2015, tomei uma das maiores vacas, ganhei 1000 dólares. E quando rolou o nosso documentário dos Mad Dogs que ganhei um dinheiro. Eu também tinha uns apoios ali, mas era mais soul surfer mesmo e não ligava muito. E como as empresas nos Estados Unidos não iam patrocinar um brasileiro e eu estava fora do Brasil, era mais difícil de negociar. Eu também não corria muito atrás porque estava me bancando, vivendo minha vida, e era aquilo mesmo, trabalhar para me autossustentar e me autopatrocinar”, disse Márcio Freire ao canal Let’s Surf, numa das últimas entrevistas, recordada esta quinta-feira pelo Globoesporte.

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Redação

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