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Os protestos mortais do Peru

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Os protestos mortais do Peru

Enquanto algumas pessoas que vivem em áreas urbanas descartaram esses manifestantes como extremistas, pelo menos uma pesquisa confiável mostra que a maioria dos peruanos apoia os protestos.

O que o governo fez para lidar com essa agitação?

A nova presidente, Dina Boluarte, declarou estado de emergência nacional, uma medida excepcional que limita as garantias de certos direitos civis. Os protestos só ficaram maiores e mais violentos. A polícia e os militares foram enviados para tentar restaurar a ordem nas áreas rurais e, às vezes, responderam com violência extraordinária. As forças de segurança atiraram em alguns no peito, costas e cabeça.

Você foi a Juliaca, uma cidade do sul onde 19 pessoas foram mortas em 9 de janeiro. Como você chegou lá se os manifestantes fecharam rodovias e imobilizaram o país?

Meus colegas e eu persuadimos os manifestantes a nos deixar passar pelos bloqueios de estradas carregando cópias impressas de nossas histórias anteriores, muitas vezes conversando com os manifestantes por horas. Já era noite quando finalmente chegamos a Juliaca após nove horas de viagem. A rua estava bloqueada com parte de um parque de diversões enferrujado, tela de arame e pequenas fogueiras. Realmente parecia que tínhamos chegado ao fim dos tempos.

O que você encontrou pela manhã?

Acordamos nos Andes a quase 13.000 pés acima do nível do mar. Juliaca é uma cidade de extremos: o sol parece mais próximo, mais forte. O vento é cortante, poeirento e frio. Uma das primeiras coisas que vimos quando saímos do hotel foi uma passeata espontânea acontecendo nas ruas.

Havia jovens de jeans skinny e mulheres mais velhas com saias tradicionais, tranças e chapéus. Juntos, eles culparam o novo presidente pelas mortes dos manifestantes e disseram: “Esta democracia não é mais uma democracia”.

O que você aprendeu ao falar com os manifestantes?

Estar lá me ajudou a entender por que as pessoas sentem que a democracia peruana não está funcionando para elas. As pessoas sentem que o sistema está armado contra elas. E no terreno, pude realmente ver por que eles acreditavam nisso.

Fonte oficial da notícia

Redação

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