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Emergência sanitária na reserva Yanomami
O presidente brasileiro declarou o estado de emergência sanitária na maior reserva indígena do país, por causa da falta de assistência médica à população, que sofre de desnutrição infantil e malária. Lula da Silva denunciou este fim de semana um “genocídio” contra o povo Yanomami, que perdeu nos últimos quatro anos mais de 500 crianças. O presidente falou num “crime premeditado cometido por um governo insensível ao sofrimento do povo brasileiro”.
“Se o presidente que deixou a presidência nestes dias tivesse um pouco de vergonha e tivesse vindo aqui uma vez, talvez estas pessoas não fossem abandonadas como estão”, declarou Lula da Silva numa visita ao Estado de Roraima.
Para o presidente, as condições de vida de um dos maiores povos indígenas da América do Sul é “desumana” e são precisas medidas urgentes. Uma delas é o fim da mineração ilegal.
O presidente quer levar transporte e atendimento médico às Terras Indígenas e um grupo de médicos e enfermeiros vai reforçar o contacto com a população, a partir desta segunda-feira.
A reserva Yanomami é um território de cerca de dez milhões de hectares, onde vivem mais de 30 mil pessoas.