Política
‘Não tenho que pedir licença para governar’, diz Lula em reunião com a base aliada
Durante encontro do Conselho Político da Coalizão, presidente ressalta que seu compromisso é com a população brasileira; declaração ocorre no momento em que petista tem criticado a condução do Banco Central por Roberto Campos Neto
CARLOS ELIAS JUNIOR/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante cerimônia de posse de Aloizio Mercadante no BNDES
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quarta-feira, 8, de uma reunião com o Conselho Político da Coalizão no Palácio do Planalto e, durante o encontro, pontuou que não precisa “pedir licença para governar” e que seu compromisso é com a população, a fim de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. “Confio que a economia vai voltar a crescer. Não temos que pedir licença para governar, a gente foi eleito para governar. Não temos que tentar agradar ninguém, temos que agradar o povo brasileiro, que acreditou em um programa que nos trouxe até aqui e é esse programa que nós vamos cumprir”, disse aos aliados. O petista ressaltou que um de seus principais objetivos é retomar as obras paradas em território nacional e viajar para inaugurar equipamentos públicos. “Podemos contribuir para fazer com que a economia brasileira não seja o desastre previsto pelo Fundo Monetário Internacional na última avaliação deles. Temos mercado interno muito grande e temos algumas coisas que países desenvolvidos já fizeram e temos que fazer que é cuidar das cidades”, afirmou. Nos últimos dias, Lula passou a direcionar ataques a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Na avaliação do mandatário, é uma “vergonha” a instituição manter a atual taxa de juros em 13,75%. “Só ver a carta do Copom para a sabermos que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”, disse durante cerimônia de posse de Aloizio Mercadante no cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).