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Empreendedorismo com Márcia Mazetto

Mulher, uma coisa é certa: Se eu consegui, você também consegue!

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Mulher, uma coisa é certa: Se eu consegui, você também consegue!

Para começar, não conheço nenhuma boa história sem um quê de improvável e a minha não é diferente.

Neste dia que comemora-se no mundo todo o dia Internacional da Mulher, eu não poderia deixar de trazer para você essa história.

E ela começa assim…

Mulher, uma coisa é certa: Se eu consegui, você também consegue!

Eu tinha tudo para dar errado dentro do quesito forças e oportunidades. O ambiente em que eu vivia e o histórico familiar não me levaria muito longe.

A minha história começou muito antes do meu nascimento.

Começou com meus bisavós fugindo da Itália e vindo para o Brasil, trazendo junto aos sacos de pertences, meus avós pequenos. Duas famílias fugindo da fome e da guerra na Europa.

Vieram em busca do novo mundo!

Vieram em busca de esperança.

Meus bisavós e meus avós assumiram os lugares dos recém libertos escravos pela princesa Isabel.

Eles aprenderam a comer em cochos como porcos, aproveitar restos da casa grande, a andar descalços e dormir em senzalas sobre colchões de palha.

Os anos passaram, as décadas passaram.

Meus pais nasceram. Meus pais cresceram.

Vagando de fazenda em fazenda, fugindo de feitor (antigo capitão do mato) e tendo alguns engraçadinhos na cola das moças bonitas da família.

O lavoro dos italianos, seu suor e sangue faz parte do que chamamos de Brasil e eu tenho muito orgulho disso.

Eu nasci, em uma fazenda no interior de Minas Gerais. Em uma casa de pau a pique, chão de terra batido, luz de lamparina e fogão a lenha. A água era tirada do poço na corda, o banho era de bacia e o banheiro, era atrás da bananeira.  Meus pais já estavam bem demais para quem tinha um histórico de tanto sofrimento.

Meu destino seria o mesmo que a maioria do meu ambiente: Casar aos 15, ter filhos até quando a “vida” der, ir para a lavoura colher arroz e milho. Se tudo desse muito certo, eu poderia casar com um tratorista ou com um peão e ter uma vida igual a vida da minha mãe para um pouco melhor.

O destino só não fazia ideia que, eu estava determinada a dar uma rasteira nele e construir a minha própria história.

Me lembro como se fosse hoje, eu, uma menininha de uns 5 anos, olhando as estrelas no céu às 04:00 da manhã, esperando o caminhão do leiteiro para ir a cidade fazer compras do básico do básico, no dia do pagamento do meu pai.

Naquela madrugadinha, minha mãe me deu banho com sabão de bola na bacia dentro do quarto, me vestiu o meu único vestido de sair que ela tinha feito. Ele era branco de pequenos lacinhos coloridos.

E eu comecei a pensar na minha vida. Acredita nisso?  Uma garotinha pensando na vida? Hilário não?

Mas foi exatamente esperando o leiteiro, que eu tive plena certeza: Aquela vida não era a vida que eu queria para mim!

Eu queria mais, eu MERECIA mais, meus pais MERECIAM mais!

Quando concluí a quarta série, com 8 para 9 anos, dei um “xilique” com meus pais e decretei: Ou eu iria dar sequência em meus estudos na cidade ou eu iria fugir…. (risos)

E assim, meu pai arrumou um emprego como auxiliar de serviços gerais em uma empresa de lacticínios e lá fomos nós para a cidade.  Colocamos as tábuas e as latas de plantas, que eram os móveis e decoração, em um caminhão, e assim a família seguiu para a cidade com o objetivo estudar a filha mais velha e ter uma nova vida.

Muitas vezes vi meu pai sem chão. Muitas vezes vi minha mãe chorando. Muitos dias só tínhamos angu de fubá para comer.

Muitas vezes riram de mim pela roupa surrada e meu único tênis verde com papelão como palmilha e com muito chulé… afinal desodorante era coisa de rico.

Muitas vezes ouvíamos que estávamos morando de favor em um quarto e uma cozinha.

Neste ponto, vou dar um salto de alguns bons anos e volto para o dia de hoje.

Não foi fácil. Não mesmo. MAS VALEU A PENA.

Se a menininha de 5 anos visse a mulher que me tornei, ela teria um baita orgulho! Até imagino ela olhando para cima, abrindo bem os olhos pretinhos e dizendo: NOSSA! VOCÊ CONQUISTOU TUDO ISSO?!

E eu, provavelmente diria: Acalme-se garotinha! Ainda tem muito mais para eu conquistar!

Se tem algo que posso dizer para você é que você é a única pessoa capaz de limitar, ser o inimigo ou sabotar a sua vida. Você é a única pessoa responsável pelo seu sucesso ou pelo seu fracasso.

Sair da extrema pobreza em todos os sentidos e hoje ter conquistado tanto, sendo mulher, mãe, filha, empresária e agora avó só me faz enxergar que se eu consegui, você também consegue.

Se você me perguntar o que me sustentou e me sustenta nessa caminhada, posso assegurar que a minha fé em Deus, amor aos meus pais e depois de constituir família a minha família, foram meus grandes motivadores para transformar fracasso em vitória.

A motivação é a junção dos nossos motivos com ações. São nossas âncoras, nosso horizonte, nossa bússola.

Assim, finalizo este nosso encontro com a torcida pelo seu sucesso. Seja ele em qual área você busca ou sonha.

Mova-se que o universo conspira para realizar.

Feliz dia Internacional das Mulheres.

Márcia Mazetto

- Publicitária; - Empresária; - MBA em gestão empresarial; - Master coach com ênfase em PNL pelo maior centro de referência do Brasil, IBC; - Analista comportamental; - Business Executive Coach pela mesma instituição, com metodologia para empresas e equipes de alta performance; - Staff do PSC, do IBC em Manaus por 3 anos consecutivos; - Especialista em gestão estratégica; - Aluna da Priscila Zillo em lançamento digital e do Erico Rocha em MKT digital