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Teocentrismo e Antropocentrismo

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Teocentrismo e Antropocentrismo

Shalom Adonai.

Hoje estaremos trazendo os conceitos destes dois assuntos bastante difundidos no meio acadêmico e também tema de muita discussão na área eclesiástica.
Faremos um breve relato da história e onde os conceitos tomaram relevância é notoriedade em sua sociedade.

Imagine a seguinte situação: consultando-se com um médico, Antônio descobriu que tem uma doença grave. Ele, então, junta-se com seus amigos e começa uma campanha de oração pedindo a Deus a cura. Em casos como este, temos o cruzamento de duas formas de conhecimento que a humanidade construiu para entender o mundo e a si mesma, “a ciência e a religião.”

A ciência busca explicar as coisas fundamentando-se na razão. A razão baseia-se na capacidade do homem de entender o mundo e agir sobre ele. Agindo racionalmente, a ciência lança mão de métodos, hipóteses, experimentos, para aceitar algo como verdade. O médico, diante do paciente, recorre a esse conhecimento científico, racional, que lhe informa sobre a composição e o funcionamento do corpo humano; sobre causas e consequências das doenças, e sobre suas formas de tratamento.

A religião, por sua vez, explica as coisas fundamentando-se na fé, bastando, muitas vezes, uma experiência sensorial. Para a religião, o homem só conhece e age no mundo com a mediação de Deus. As coisas que acontecem no dia a dia, como a cura de uma doença, são sempre controladas por Deus.
No mundo de hoje, ciência e religião convivem, o lugar que cada uma ocupa na vida cotidiana mudou bastante desde que a ciência surgiu. A seguir, você conhecerá um pouco mais sobre o humanismo, movimento que deu base para o desenvolvimento da ciência. De lá para cá, essa forma de conhecimento foi alcançando um espaço cada vez maior no cotidiano. Com o avanço da tecnologia proporcionado pelo desenvolvimento da ciência, esse espaço tem se ampliado.

Humanismo

Os séculos XV e XVI foram períodos marcados por grandes transformações na explicação do mundo que os europeus tinham. É nesse período que começa a se desenvolver a valorização da capacidade criadora do homem a partir de sua sensibilidade e do seu pensamento. Desenvolve-se a noção de indivíduos como seres racionais capazes de criar e descobrir os segredos da natureza, dos seres vivos e do próprio Universo e não só como criaturas de Deus. Por valorizar o homem essas idéias ganharam o nome de humanismo.
E por que o humanismo representa uma grande mudança? Porque a explicação de mundo que se tinha era a da Idade Média, nela, o homem era só uma criatura de Deus. Ou seja, o ser humano era só um objeto dos desígnios divinos. A concepção medieval ficou conhecida como Teocentrismo, que significa Deus como centro, quer dizer, Deus determina todas as coisas. O humanismo propôs o antropocentrismo, ou seja, o homem como centro.

Os humanistas não duvidavam da existência de Deus, mas suas visões confrontavam as idéias da Igreja Católica vigentes na época. Erasmo de Roterdam, por exemplo, criticou a Igreja afirmando a necessidade de renová-la e aproximá-la mais do povo; também defendeu a liberdade de consciência e de escolha. O Humanismo plantou as sementes para o desenvolvimento da ciência nos séculos XVI e XVII. Em 1543, Nicolau Copérnico publicou o livro Da revolução das esferas terrestres no qual defendeu o heliocentrismo, ou seja, o sol é o centro do universo e em torno dele gira um sistema de planetas.

O Antropocentrismo é um conceito e uma filosofia que ressalta a importância do homem como um ser dotado de inteligência e, portanto, livre para realizar suas ações no mundo.

A palavra vem do do grego: anthropos “humano” e kentron “centro” que significa homem no centro.

Surgiu questionando o Teocentrismo sistema onde Deus (Theos, em grego) estaria no centro do mundo.

Assim, o antropocentrismo é um conjunto de idéias onde o homem representa a figura central, nos campos da cultura, ciência, sociedade e é a principal referência para o entendimento do mundo.
O ser humano, para o antropocentrismo, é racional, crítico, questionador da sua própria realidade e responsável, portanto pelos seus pensamentos e ações.
Busca a verdade por meio de análises e do método racional e científico, através de provas e explicações, de preferência, matemáticas.
Essa independência humana de Deus levou o ser humano a refletir, criar, difundir e produzir conhecimento de outra forma, possibilitou grandes descobertas científicas e o surgimento do individualismo.

Diferenças entre Teocentrismo e Antropocentrismo

Por oposição, o Teocentrismo está relacionado à religião, que explica os fenômenos naturais a partir da vontade de um ser superior.
Toda a sociedade, em seu aspecto social, cultural e econômico, deveria se basear segundo Deus.
O Teocentrismo é a doutrina onde Deus e seus ensinamentos estão no fundamento da sociedade. Esse pensamento vigorou durante a Idade Média.

A palavra vem do do grego e significa: theos “Deus” e kentron “centro”. Literalmente “Deus como centro do mundo”.

O Teocentrismo Medieval representou a relação entre o divino (religião) e os seres humanos medievo, onde haveria a existência de uma única verdade, inspirada em Cristo e nos preceitos da Bíblia. Dessa maneira, o catolicismo foi influenciando todas as estruturas da sociedade. Desde a política, quando se defendia que o poder dos reis vinha de Deus, até ao calendário social de festas e feriados, passando pela economia.
Segundo o Teocentrismo, o ser humano, para se realizar, deve se submeter à vontade divina, mesmo que isso vá contra os seus desejos. Um exemplo seria a guerra que foi submetida a uma série de regras, como a proibição de lutar aos domingos e dias santos.
Também a economia se vê afetada pelo pensamento Teocêntrico na medida que o trabalho é organizado de acordo com o preceitos católicos. A usura (lucro excessivo), por exemplo, era condenada, assim como o empréstimo a juros.

Aprofundando o conceito

O teocentrismo é questionado pela doutrina posterior, o antropocentrismo, que fazia parte do humanismo renascentista e cujo foco está sobre o homem como o centro mundo.
Para os humanistas, a visão Teocêntrica causou um grande período de retrocesso artístico, intelectual e filosófico e por isso, este período foi por eles denominado de “Idade das Trevas”.
O Antropocentrismo começou a ganhar espaço através das pesquisas científicas desenvolvidas como o Heliocentrismo de Copérnico (1473-1543).
O modelo matemático do astrônomo polonês Copérnico, de 1514, desenvolvia a teória na qual era a Terra que girava em torno do Sol, que por sua vez estaria no centro do sistema. Esta idéia refutava o modelo geocêntrico defendido pela Igreja, levando assim a muitas inquietações.
Afinal, se a Terra não era o centro do universo, também Deus poderia não ser o centro da existência da vida humana. Isso abria uma série de questionamentos em todos os campos do saber.

Ao mesmo tempo, a valorização do dinheiro e não da terra, faz a sociedade mudar lentamente e se abrir para as questões materiais. Isto surge com o renascimento cultural (séc. XIV a XVI) e o humanismo italiano (séc. XV e XVI), deixando de lado a visão Teocêntrica de mundo.
Outro exemplo de progresso científico e ao mesmo tempo de ambição humana, foram as Grandes Navegações, lideradas pelos cujos países ibéricos. Com isso foi ampliado o comércio e consolidado o surgimento da burguesia. Note que junto a isso, a Reforma Protestante (1517) de Martinho Lutero, refutava e questionava diversas ações desenvolvidas pela Igreja como a venda de indulgências e a autoridade eclesiástica. contrariava a doutrina católica do geocentrismo segundo a qual a terra era o centro do universo. Galileu Galilei fez observações dos corpos celestes a partir da teoria de Copérnico, em 1610 publicou o livro O mensageiro das estrelas defendendo que o sistema solar pertencia a uma galáxia. No século XVII a revolução científica avançou inspirada pelo racionalismo filosófico, um sistema de pensamento que buscava a fundamentação do conhecimento na razão humana.

O Antropocentrismo é um conceito e uma filosofia que ressalta a importância do homem como um ser dotado de inteligência e, portanto, livre para realizar suas ações no mundo.

O Teocentrismo é a doutrina onde Deus e seus ensinamentos estão no fundamento da sociedade. Esse pensamento vigorou durante a Idade Média.

Diante de tanta dialética, vemos claramente o ser humano em atitudes claras ao desmembramento da criação de Deus, isso fez com que muitos se perdessem por sua vãs filosóficas.

Dialética

FILOSOFIA
em sentido bastante genérico, oposição, conflito originado pela contradição entre princípios teóricos ou fenômenos empíricos.
FILOSOFIA
no platonismo, processo de diálogo, debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade, através do qual a alma se eleva, gradativamente, das aparências sensíveis às realidades inteligíveis ou idéias.
FILOSOFIA
no aristotelismo, raciocínio lógico que, embora coerente em seu encadeamento interno, está fundamentado em idéias apenas prováveis, e por esta razão traz em seu âmago a possibilidade de ser refutado.

Como o conceito já diz todas as coisas que não tem Deus como centro “Teocentrismo”, podem ser facilmente refutadas.

2 Coríntios 10:3 Porquanto, embora vivendo como seres humanos, não lutamos segundo os padrões deste mundo. 4 Pois as armas da nossa guerra não são terrenas, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas! 5 Destruímos vãs filosofias e a arrogância que tentam levar as pessoas para longe do conhecimento de Deus, e dominamos todo o pensamento carnal, para torná-lo obediente a Cristo. 6 E estaremos preparados para repreender qualquer atitude rebelde, assim que alcançardes a perfeita obediência.

Colossenses 2:7 alicerçados e edificados nele, transbordando em gratidão. 8 Tende muito cuidado para que ninguém vos escravize a vãs e enganosas filosofias, que se baseiam nas tradições humanas e na falsa religiosidade deste mundo, e não em Cristo. 9 Pois somente em Cristo habita corporalmente toda a plenitude de Deus.

Tiago 1:27 A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como sincera e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e, especialmente, não se deixar corromper pelas filosofias mundanas.

De certa forma a filosofia leva muitos para o empirismo humanista, que se torna uma forte realidade de se tornar um ateu.

1.Filosofia
doutrina segundo a qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção, sendo ger. descartadas as verdades reveladas e transcendentes do misticismo, ou apriorísticas e inatas do racionalismo.

2. Atitude de quem se atém a conhecimentos práticos.

Apesar de ser muito técnico os conceitos temos uma realidade de como Satanás pode informar uma mente brilhante e transforma-la em algo deturpado e longe dos princípios de Deus.

Shalom Adonai.

Miss. Paulo Santiago
Antropologia e Teologia Bíblica.

Miss. Paulo Santiago