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“Alerta Mulher” tem mais de 2,3 mil mulheres cadastradas

Desde a criação, nenhuma mulher cadastrada foi vítima de feminicídio tentado ou consumado

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“Alerta Mulher” tem mais de 2,3 mil mulheres cadastradas

Desempenhando um papel importante na proteção das mulheres, a ausência de casos de feminicídio tentado ou consumado contra vítimas cadastradas no aplicativo “Alerta Mulher” reflete a importância do uso da tecnologia na prevenção do crime. A ferramenta funciona por meio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).

Desde sua criação, em 2018, o aplicativo realizou o cadastro de 2.302 mulheres. Somente em 2023, o “Alerta Mulher” cadastrou 298, sendo 296 usuários ativos. No mesmo período, a ferramenta foi acionada 163 vezes pelas vítimas. Os acionamentos são enviados diretamente ao Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), que aciona a Ronda Maria da Penha.

Vítimas atendidas

De acordo com o auxiliar administrativo do Ciops, cabo Luiz Ricardo, o aplicativo é direcionado para mulheres que já sofreram algum tipo de violência doméstica e possuem medidas protetivas concedidas ou solicitadas na Justiça.

“As mulheres têm essa rede de assistência, que é realizada em conjunto entre a SSP e Sejusc, como uma forma de atendê-las com mais brevidade possível sobre as ocorrências envolvendo as agressões que elas sofrem. A vítima pode ir até a delegacia da mulher, e após o cadastro, recebe o aplicativo que serve como um botão de pânico no seu celular”, disse.

A ferramenta conta com uma base exclusiva para atendimento nas dependências do 190, o serviço emergencial do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). O monitoramento ocorre 24 horas por dia.

Acionamento

A vítima pode baixar o aplicativo no sistema Android por meio do Google Play Store. O “Alerta Mulher” permite que a vítima já cadastrada envie fotos e áudios. As informações são recebidas pela equipe de monitoramento do Ciops, que aciona uma viatura para atender a ocorrência.

“O Ciops e a Sejusc estão 24 horas recebendo essas informações georeferenciadas, que facilita a localização para a PM encontrar o endereço mais rápido. No momento em que essas mulheres são agredidas, elas podem se dirigir até a delegacia da mulher e realizar o cadastro no banco de dados da unidade, dessa forma o acionamento irá ocorrer mais rápido”, explicou o cabo Luiz.

Rede de apoio

O aplicativo Alerta Mulher é apenas um dos serviços dentro de uma rede de proteção voltada às mulheres. A SSP-AM destaca que quem fazia o uso da ferramenta, mas trocou de número de telefone e perdeu o apoio, pode ser reinserida. Para isso, deve procurar uma Delegacia da Mulher ou o Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem) para solicitar a reinserção.

Com informações da Secom

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