P62 » Imposto para bilionários: Veja de quanto poderia ser a taxa mínima global

Gabriel Zucman, economista e diretor do European Tax Observatory, foi convidado a apresentar uma proposta de taxação de bilhões. (Imagem: Pixabay/frycyk01)

O tema tributação dos super-ricos dominou a agenda do primeiro encontro de ministros e presidentes de bancos centrais do G20.

Segundo Gabriel Zucman, economista e diretor do European Tax Observatory, há muita coisa que os passos podem fazer sozinhos em relação às reformas tributárias, mas há muitos ganhos em criar uma cooperação internacional.

“Todos podemos concordar que não é justo que eles [os bilionrios] paguem menos que o resto da população”, afirmou o economista.

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Zucman foi convidado pelo ministro Fernando Haddad para apresentar uma proposta de taxação de bilhões para os ministros presentes.

Em conversa com jornalistas, o economista destacou que o debate ainda está no comeo, já que esta é a primeira vez que o tema foi trazido para uma reunião do G20. Por isso, é preciso mais tempo para determinar os patamares de cobrança e as formas de distribuição dos recursos.

No entanto, Zucman destacou que ampliar a atual alquota efetiva de impostos — que equivale a entre 0 e 0,5% da riqueza dos super-ricos — para uma taxa mínima de 2% sobre o estoque do patrimônio já faria uma enorme diferença e poderia rende US$ 250 bilhões por ano.

“uma taxa baixa, mas já faz diferença. Claro que podemos ser mais ambiciosos, mas não temos a capacidade agora de dizer qual taxa deve ser Estamos conversando sobre isso”, afirmou.

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Taxação de bilhões não precisa ser um consenso

Tanto Zucman quando Haddad já adiantaram que a maioria dos passos concordaram com a necessidade de que se criasse uma tributação global para milhões e bilhões.

Por outro lado, o economista destaca que é importante entender que não é preciso ter o consenso de todos os governos para tirar o plano do papel, sendo que já é possível ter grandes sucessos com apenas alguns passos.

Um modelo sugerido por Zucman, que não exige cooperação internacional e que pode evitar a evasão fiscal, manter a cobrança de impostos do país de origem, mesmo após a mudança para um local com tributação menor.

Por exemplo: um bilhão que enriqueceu no Brasil poderia se mudar para a Sua, onde a taxação menor, mas ele deveria continuar pagando os impostos brasileiros por um determinado período após a expatriação.

Um relatório sobre tributação internacional e possíveis propostas devem ser entregues nos próximos meses.

►Notícias de Manaus e do Amazonas.

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