P62 » Choques em países emergentes têm afetado cada vez as nações ricas, diz FMI

O avanço da participação dos passos emergentes na economia global nas últimas décadas tem aumentado os efeitos de eventuais choques nesses passos para o crescimento no restante do mundo, mesmo nas nas mais ricas.

A conclusão é um relatório divulgado nesta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos documentos de preparação para a reunião de primavera do Fundo e do Banco Mundial marcada para a semana que vem, em Washington.

O estudo considera os 10 principais mercados emergentes do G20, numa relação que vai da gigante China, passando pela Índia, Brasil, México, Turquia, África do Sul, Rússia, Arábia Saudita, Indonésia e Argentina.

Segundo o relatório, depois de mais de duas décadas de crescimento impressionante com uma média de quase 6% ao ano os mercados emergentes do G20 representam agora cerca de 30% da atividade econômica global e perto de um quarto do comércio.

Ao mesmo tempo que essas economias se tornaram cada vez mais sistêmicas por meio de sua integração nas cadeias de valor globais, com potencial para movimentar os mercados globais, com a repercussão dos choques também crescendo. Para o FMI, esses impactos agora são comparáveis ​​em dimensão aos choques nas economias avanadas.

O círculo que os choques nos mercados emergentes dentro do G20 pode explicar em 10% da variação da produção após anos em outros mercados emergentes e 5% nas economias avanadas.

Para o bem e para o mal

A fora dos emergentes, lembra o estudo, não ajudou a fornecer um impulso global para o crescimento e o comércio, como também tem sido uma aliada para uma menor volatilidade do produto graas diversificação entre etapas e para a convergência nos rendimentos e nos pais de vida .

Mas o enfraquecimento das perspectivas de crescimento para isso não é motivou mais de metade do abrandamento de 1,9 ponto percentual no crescimento global a médio prazo desde a crise financeira global, com a China representando 40% desse impacto.

E as perspectivas de crescimento a médio prazo para os mercados emergentes do G20 enfraqueceram 0,8 ponto percentual, para 3,7%, em resultado das cicatrizes da pandemia e dos choques de preços que se seguiram à invasão russa da Ucrânia.

Um dos canais de propagação que tem se fortalecido o do comércio, nomeadamente através das cadeias de valor.

As empresas mais dependentes da demanda dos mercados emergentes do G20 registram um maior crescimento das receitas após um aumento esperado no crescimento dos mercados emergentes, enquanto as repercusses de baixa podem reduzir as receitas das empresas em passagens mais expostas concordância das importações, comenta o estudo.

Impactos nas economias regionais

O estudo também fala dos impactos regionais. A China, por exemplo, tem forte influência na Ásia, dada a elevada integração comercial intrarregional, e, em menor grau, na América Latina. J Rússia e Turquia geram repercussões regionais significativas na Europa e na Ásia Central.

Enquanto isso, os choques internos do lado da oferta no Brasil e no México têm um impacto acentuado na América Latina também por conta das fortes ligações comerciais e de mercadorias.

Olhando para o futuro, as simulações sugerem que uma aceleração plausível do crescimento nos mercados emergentes do G20, mesmo excluindo a China, apoia o poder do crescimento global no médio prazo e repercutir-se noutros passos.

Assim, o FMI defende que a tarefa dos decisores políticos nas economias receptoras avanadas ou não mantenha reservas suficientes para gerir a possibilidade de choques maiores por parte dos mercados emergentes do G20.

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