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Economia

P62 » Para oferecer mais crédito, Caixa quer que o BC reduza o compulsório

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P62 » Para oferecer mais crédito, Caixa quer que o BC reduza o compulsório

A Caixa Econômica quer que o Banco Central reduza de 20% para 15% o recolhimento compulsório sobre recursos de depósitos de poupanças porcentuais de depósitos que cada banco deve manter no BC. A medida está em estudo pelo governo.

Segundo apurou o Estado/Broadcast -sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado -, um reduo significaria cerca de R$ 60 bilhões a mais para que uma instituição concedesse crédito imobiliário. As alíquotas assim definidas pelo Banco Central e o tema precisam passar pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ainda não houve avanços neste sentido. Fontes do setor regularam que a proposta não deve evoluir por agora.

Conforme apurou a reportagem, a reduo no compulsrio mais uma proposta do governo para fomentar o mercado imobilirio no Pas. O Poder Executivo trabalha para ampliar de 65% para 70% o uso da caderneta de poupança em operações de financiamento imobiliário. Os recursos viriam dessa redução não compulsório.

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Integrantes do banco público afirmam, reservadamente, que a grande dvida justamente a vontade do BC em liberar os compulsrios. Um deles disse que resta saber se o BC tem apetite.

Jurados

Liberar compulsório significaria injetar liquidez na economia, em um momento em que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem sinalizado cautela quanto ao principal instrumento da política monetária, a redução dos juros, com os sinais pouco animadores sobre as taxas nos Estados Unidos.

No entanto, o mercado apostava que o Fed, o banco central americano, comeria a fazer cortes nos juros, hoje em 5,25% a 5,50%, a maior taxa desde 2001, em março. Como a inflação não cede e a economia americana continua aquecida, há analistas que já preveem que as reduções venham em setembro e ocorram em menor número.

Medidas

A Caixa continua batendo recordes no crédito imobiliário. No ano passado, o banco estatal fechou com R$ 185,4 bilhões em empresas, o maior volume da história, e com uma carteira também registrou R$ 733,3 bilhões. A direção da instituição está disponível para que este ano seja preciso encontrar soluções para aumentar as fontes de recursos para o setor.

Em fevereiro, o presidente do banco, Carlos Vieira, disse que precisava discutir alternativas o quanto antes, e que o compulsrio uma delas.

Na quinta-feira, o presidente Luiz Incio Lula da Silva reuniu ministros e secretários para discutir propostas para alavancar uma oferta de crédito no Pas, inclusive para o setor imobiliário. No encontro, porm, não foi discutida a proposta de redução do compulsório, segundo apurou a reportagem. Um dos temas debatidos foi a medida prevista para fomentar o mercado secundário de recebíveis imobiliários. A MP deve ser anunciada na próxima semana.

Na quarta-feira, o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Ins Magalhões, falou em reduzir os depósitos compulsórios para aumentar a quantidade de dinheiro disponível para crédito imobiliário. Ela deu uma declaração aos jornalistas depois de solenidade no Palácio do Planalto ligada ao programa Minha Casa, Minha Vida.

O Banco Central exige um reteno (depósito compulsório) e esse direcionamento queremos que volte como investimento para habitação, 5%. Em vez de reter 20%, reter 15% dos depósitos para que as pessoas possam aumentar a oferta de crédito, declarou ela.

Questionado sobre a ideia de uma liberação de parte dos compulsórios da Caixa ou dos bancos de forma geral, o Ins Magalhões respondeu: Temos um interesse genuíno, grande em fazer. Não necessariamente os outros bancos têm o mesmo apetite.

Como informações também o jornal O Estado de S. Paulo.

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Redação

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