Economia
P62 » Em março, a indústria avançou em cinco dos 15 locais pesquisados
Com alta de 0,9% na indústria nacional em março, na série com ajuste sazonal, cinco dos 15 locais pesquisados pelo IBGE neste indicador pontuaram taxas positivas. Os maiores avanços foram registrados no Pará (3,8%), Mato Grosso (2,5%) e Santa Catarina (2,3%). Bahia (0,5%) e Rio Grande do Sul (0,1%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos.
Já Amazonas (-13,9%) e Paraná (-13,0%) apontaram retrações de dois dígitos, as mais elevadas do mês. Ceará (-7,7%), Pernambuco (-4,8%), Espírito Santo (-4,7%), Minas Gerais (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,1%), Região Nordeste (-1,8%), Goiás (-1,4%) e São Paulo (-0,4%) apresentaram os resultados demais negativos nesse indicador.
Em relação à média móvel trimestral (0,0%), 7 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas no trimestre encerrado em março, com destaque para Paraná (-3,1%), Goiás (-1,8%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-1,5%). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 2,8% no setor industrial do país, com resultados negativos em 11 dos 18 locais pesquisados. Entre eles, destacam-se Paraná (-12,6%) e Amazonas (-10,9%) com os maiores recuos.
No acumulado no ano de 2024, a alta de 1,9% da indústria nacional foi acompanhada por resultados positivos em 16 dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial avançou 0,7%, com taxas positivas em 11 dos 18 locais pesquisados.
Indicadores Conjunturais da IndústriaResultados RegionaisMarço de 2024 | ||||
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Locais | Variação (%) | |||
Março 2024/ Fevereiro de 2024* |
Março 2024/ Março de 2023 |
Acumulado Janeiro-Março | Acumulado nos últimos 12 meses | |
Amazonas | -13,9 | -10,9 | 4,4 | -0,2 |
Pára | 3,8 | 2,0 | 2,3 | 6,4 |
Região Nordeste | -1,8 | -5,7 | 0,4 | -2,4 |
Maranhão | – | -1,8 | 0,5 | -4,8 |
Ceará | -7,7 | 0,5 | 6,0 | -3,1 |
Rio Grande do Norte | – | 16,3 | 24,1 | 20,6 |
Pernambucano | -4,8 | -6,3 | -0,1 | 2,9 |
Bahia | 0,5 | -3,4 | 3,3 | 0,1 |
Minas Gerais | -2,4 | -3,6 | 2,2 | 2,2 |
Espírito Santo | -4,7 | 4,0 | 5,5 | 13,3 |
Rio de Janeiro | -2,1 | 3,1 | 5,9 | 5,9 |
São Paulo | -0,4 | -1,6 | 2,1 | -0,6 |
Paraná | -13,0 | -12,6 | -1,9 | 2,1 |
Santa Catarina | 2,3 | -2,6 | 3,5 | 0,7 |
Rio Grande do Sul | 0,1 | -2,1 | 3,0 | -2,0 |
Mato Grosso do Sul | – | -4,3 | 2,3 | -0,9 |
Mato Grosso | 2,5 | 2,1 | 6,2 | 8,7 |
Goiás | -1,4 | 7,0 | 10,9 | 8,5 |
Brasil | 0,9 | -2,8 | 1,9 | 0,7 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas *Série com Ajuste Sazonal |
Sem avanço de 0,9% da produção industrial na passagem de fevereiro para março, na série com ajuste sazonal, cinco dos 15 locais pesquisados ofereceram taxas positivas. Pará (3,8%), Mato Grosso (2,5%) e Santa Catarina (2,3%) assinalaram os avanços mais acentuados, com o primeiro interrompido fazendo dois meses consecutivos de recuo na produção, período em que acumulou redução de 7 ,9%; o segundo eliminando parte da queda de 3,6% verificada no mês anterior; e o último voltando a crescer após acumular prejuízo de 3,6% nos dois primeiros meses do ano. Bahia (0,5%) e Rio Grande do Sul (0,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em março.
Por outro lado, Amazonas (-13,9%) e Paraná (-13,0%) apresentaram recuos de dois dígitos e os mais altos nesse mês, com o primeiro interrompido três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganhos de 35,9%; e o segundo eliminando o ganho de 3,9% acumulado nos dois primeiros meses de 2024. Ceará (-7,7%), Pernambuco (-4,8%), Espírito Santo (-4,7%), Minas Gerais (- 2,4%), Rio de Janeiro (-2,1%), Região Nordeste (-1,8%), Goiás (-1,4%) e São Paulo (-0,4%) assinalaram os demais resultados negativos do mês.
Ó índice de média móvel trimestral para a indústria varia nula (0,0%) no trimestre encerrado em março de 2024 frente ao nível do mês anterior, interrompido, dessa forma, uma trajetória predominantemente iniciada em fevereiro de 2023. Sete dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Paraná (-3,1%), Goiás (-1,8%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-1,5%). Por outro lado, Bahia (1,4%), Amazonas (1,3%), Rio Grande do Sul (1,0%) e Região Nordeste (0,9%) apresentaram os principais avanços no mês.
Na comparação com março de 2023, a indústria nacional caiu 2,8% em março de 2024, com taxas negativas em 11 dos 18 locais pesquisados. Vale citar que março de 2024 (20 dias) teve 3 dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (23). Nesse mês, Paraná (-12,6%) e Amazonas (-10,9%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais acentuados.
No Paraná, a queda foi influenciada, principalmente, pelo comportamento negativo observado nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, querosene de aviação e gasolina automotiva), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, autopeças, caminhões- trator para reboques e semirreboques e caminhões), produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, bombons e chocolates em barras, carnes de suínos congeladas, frescas ou refrigeradas, produtos embutidos ou de salamaria e outras restrições de carnes de aves e rações), máquinas e equipamentos (máquinas para colheita, tratores agrícolas, máquinas para perfuração e sondagem – usadas na prospecção de petróleo, carregadoras-transportadoras e máquinas ou aparelhos para agricultura, silvicultura e pecuária) e produtos químicos (fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, fungicidas para uso na agricultura, uréia e desodorantes).
No caso do Amazonas, a explicação do resultado negativo está no comportamento dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (unidades de memória, telefones celulares e TVs), bebidas (preparações em xarope para a elaboração de bebidas para fins industriais) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva e querosene de aviação).
Pernambuco (-6,3%), Região Nordeste (-5,7%), Mato Grosso do Sul (-4,3%), Minas Gerais (-3,6%) e Bahia (-3,4%) também recuaram mais do que a média nacional (-2,8%), enquanto Santa Catarina (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,1%), Maranhão (-1,8%) e São Paulo ( -1,6%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos.
Por outro lado, o Rio Grande do Norte (16,3%) assinalou uma expansão mais elevada nesse mês, impulsionada, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva). Goiás (7,0%), Espírito Santo (4,0%), Rio de Janeiro (3,1%), Mato Grosso (2,1%), Pará (2,0%) e Ceará (0,5% ) apresentou os demais resultados positivos para o índice mensal em março de 2024.
Ó acumulado no ano de 2024, frente a igual período de 2023, mostrou expansão de 1,9% do setor industrial, com taxas positivas em 16 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (24,1%) e Goiás (10,9%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados no índice acumulado para os três primeiros meses do ano.
No Rio Grande do Norte, a alta foi impulsionada, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva).
Já em Goiás, o resultado foi dado por conta de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, maionese, carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços e farelos da seleção do óleo de soja e óleo de soja orgânico ), produtos químicos (desodorantes, fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, sabões ou detergentes líquidos e em barras, reguladores capilares e superfosfatos), veículos automotivos, reboques e carrocerias (automóveis) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico e biodiesel).
Mato Grosso (6,2%), Ceará (6,0%), Rio de Janeiro (5,9%), Espírito Santo (5,5%), Amazonas (4,4%), Santa Catarina (3,5 %), Bahia (3,3%), Rio Grande do Sul (3,0%), Pará (2,3%), Mato Grosso do Sul (2,3%), Minas Gerais (2,2%) e São Paulo (2,1%) também apontou taxas positivas mais intensas do que a média nacional (1,9%), enquanto Maranhão (0,5%) e Região Nordeste (0,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.
Por outro lado, Paraná (-1,9%) mostrou o recuo mais intenso no índice acumulado para o período janeiro-março de 2024, pressionado, principalmente, pelas atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e autopeças), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e querosenes de aviação) e máquinas e equipamentos (máquinas para perfuração e sondagem – usadas na prospecção de petróleo, máquinas para colheita, tratores agrícolas, carregadoras-transportadoras e máquinas ou aparelhos para agricultura, silvicultura e pecuária). Pernambuco, com variação negativa de 0,1%, assinalou outra taxa negativa no índice.
Ó acumulado nos últimos doze meses, ao avanço 0,7% em março de 2024, apresentando crescimento, mas impactante a intensidade frente ao resultado de fevereiro (1,0%). Onze dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em março de 2024, mas onze apontaram menor dinamismo frente aos índices de fevereiro. Amazonas (de 2,9% para -0,2%), Paraná (de 3,1% para 2,1%), Minas Gerais (de 3,1% para 2,2%), Mato Grosso do Sul (de -0,1% para -0,9%) e Maranhão (de -4,1% para -4,8%) assinalaram as principais perdas entre fevereiro e março de 2024, enquanto Rio Grande do Norte (de 19,3% para 20,6%) e Goiás (de 7,6% para 8,5%) apresentaram os principais ganhos entre os dois períodos.
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