Atualidades com Marcello Amorim
Aprovação da Reforma Tributária: Um Retrocesso para o Brasil e uma Ameaça ao Amazonas
Na última votação na Câmara dos Deputados, o Brasil testemunhou uma decisão que promete trazer sérias consequências para sua população. Com um quórum de 336 votos a favor, 142 contrários e 2 abstenções, a reforma tributária foi aprovada, resultando em um dos maiores impostos do mundo. Essa medida, longe de simplificar o sistema tributário e aliviar o bolso do contribuinte, só agravará a já complexa e onerosa carga fiscal sobre os brasileiros.
A proposta de reforma tributária, que teoricamente deveria tornar o sistema mais eficiente, falha em sua premissa básica. Em vez de desburocratizar e reduzir a quantidade de tributos, a reforma parece apenas reorganizar os impostos existentes sem oferecer um alívio real para os pagadores de impostos. O impacto negativo sobre a economia é evidente, com um potencial aumento do custo de vida e a sobrecarga das pequenas e médias empresas, que já lutam para sobreviver em um ambiente econômico desafiador.
A situação torna-se ainda mais crítica quando se analisa a postura dos deputados durante a votação. Onde estavam os parlamentares que se autointitulam defensores da direita e da justiça social? A bancada evangélica, que deveria lutar pela justiça e bem-estar dos mais necessitados, aparentemente se omitiu em um momento crucial para a nação. Essa ausência de comprometimento é alarmante e revela um descompasso entre o discurso e a prática política.
E quanto ao Amazonas, por exemplo? A situação é ainda mais grave para nosso estado. A reforma tributária aprovada ameaça descaradamente eliminar a maior conquista econômica e geradora de emprego da região: o Polo Industrial da Zona Franca de Manaus. Essa zona franca é vital para a economia amazonense, proporcionando milhares de empregos diretos e indiretos, além de estimular o desenvolvimento local. A destruição desse polo industrial significaria um golpe devastador para a economia do Amazonas, aumentando o desemprego e aprofundando as desigualdades regionais.
É inaceitável que os brasileiros continuem a trabalhar arduamente para sustentar um sistema que beneficia poucos em detrimento da maioria. A estabilidade econômica do país está sendo drenada por decisões que favorecem a manutenção de privilégios e a perpetuação de uma estrutura ineficiente e injusta. A promessa de uma reforma que traria justiça fiscal e simplificação se revelou uma miragem, deixando a população à mercê de um sistema tributário ainda mais oneroso.
A sociedade brasileira precisa despertar para essa realidade e exigir uma atuação mais responsável e comprometida de seus representantes. A aprovação dessa reforma tributária é um duro golpe para o desenvolvimento econômico e social do Brasil e uma ameaça direta à prosperidade do Amazonas. Cabe ao povo cobrar transparência e eficácia na condução das políticas públicas, refletindo sobre as escolhas feitas nas urnas e sobre os caminhos que queremos para o futuro de nosso país.