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Portugal quer reexportar gás recebido em Sines dentro de poucos meses
Portugal pretende assumir-se como ponto de entrada para o gás natural na Europa mesmo antes de o gasoduto para ligar Sines ao resto do continente se tornar realidade.
O governo português acredita ser possível, no espaço de poucos meses, montar uma operação que torne possível reexportar o gás recebido em navios de grande capacidade através do transbordo para embarcações mais pequenas, facilitando o acesso aos congestionados portos do centro e norte da Europa.
Em declarações ao Público, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus defendeu esta solução de curto prazo uma vez que o desejado gasoduto levará alguns anos a concretizar. Tiago Antunes disse ainda que “pela sua localização geográfica estratégica”, o porto de Sines podia desempenhar um papel importante na diversificação das fontes energéticas.
Um objetivo assumido por Bruxelas por forma a cortar com a dependência dos combustíveis fósseis russos, e que levou a União Europeia a considerar o gasoduto de Sines prioritário.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, país particularmente dependente da energia russa, tem sido um dos principais impulsionadores do projeto e recebeu mesmo esta semana o Presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, para estudar os possíveis trajetos.
Em cima da mesa está uma ligação através de França, país que se tem mostrado reticente ao novo gasoduto, ou através de Itália, por via marítima.