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Paquistaneses lamentam perdas provocadas pelas inundações
No Paquistão, mais de 33 milhões de pessoas foram afetadas pelas inundações provocadas pelas monções.
Zubaida Bibi, uma das vítimas, explicou que a sua casa desmoronou com as inundações e que está a passar por um período difícil. Recordou depois que quando as inundações atingiram a sua casa, levou os filhos para a estrada e veio para aqui recolher madeira. Acrescentou que levou todos os utensílios que tinha na sua habitação. Por fim, lamentou o facto de ninguém do lado do governo os estar a ajudar.
O Paquistão apelou no sabádo à comunidade internacional e pediu uma robusta resposta humanitária.
“A escala da devastação é enorme e requer uma imensa resposta humanitária para 33 milhões de pessoas. Por isso, apelo aos meus compatriotas paquistaneses, expatriados do Paquistão e à comunidade internacional para que ajudem o país nesta hora de necessidade”, disse Ahsan Iqbal, ministro do Planeamento.
Saddat Ali é pai de três filhos e está a viver num abrigo improvisado. Ele disse que a sua aldeia ficou submersa devido às inundações e que nem sequer conseguiu retirar os seus bens pessoais de casa.
O cidadão recordou que, após enfrentar várias dificuldades, conseguiu tirar os filhos de lá, mas lamenta o facto de não terem recebido comida ou tendas e terem tido a necessidade de construir um abrigo de plástico. Os filhos estão lá dentro e a adoecer, lamentou.
Desde junho, as inundações provocadas pelas monções já causaram a morte de mais de 1.200 pessoas, incluindo mais de 400 crianças.
O governo paquistanês estima que os prejuízos materiais superem os 10 mil milhões de dólares, de acordo com um balanço inicial.