Mundo
A dor dos britânicos
O som da notícia da morte da Rainha Isabel II ressoa ainda por todo o Reino Unido.
Os britânicos, conhecidos por serem pouco expansivos, juntaram-se aos milhares em frente ao Palácio de Buckingham, em Londres, onde unidos manifestaram o tributo e partilharam a dor de verem partir a soberana.
“Ela tem sido como uma figura espantosa na história. Ela não escolheu fazer este trabalho, mas ela fez o melhor que pôde até ao fim”, diz uma britânica.
Outro afirma que “parece um pouco estranho considerando que nunca a conheci, mas sim, acabei de descobrir que ela era uma mulher simpática em quem se podia confiar, como a nossa avó. “
“Sabíamos que estaria para breve, obviamente ela era bastante idosa e estava doente há algum tempo, mas simplesmente não queríamos que isso acontecesse. Por isso, esta é apenas uma perda real de alguém que é uma figura tão global e uma presença maravilhosa para todos nós. Penso que se trata de tristeza, mas também de celebração e reflexão sobre tudo o que ela fez e porque foi tão bem vista globalmente”, diz ainda outra britânica.
Isabel II esteve no trono do Reino Unido durante sete décadas, tornando-se no monarca britânico com o mais longo reinado da história do país.
Tornou-se num símbolo de estabilidade num mundo em constante mudança.
Emocionada, uma britânica desabafa: “Sempre a admirei e o que ela fez pelo país, pela Commonwealth e pelo mundo. Ela tem sido um exemplo incrível de dedicação e, para as crianças, ver alguém que é tão dedicado é espantoso.Todas as pessoas continuam a dizer o quão surpreendidas com o quão tristes estão. Ela tem sido uma parte da vida de todos. Por isso, é o momento de celebrá-la…”.
O corpo de Isabel II permanece ainda no Castelo de Balmoral, na Escócia.
A data oficial das exéquias ainda não foi anunciada, no entanto prevê-se que ocorram mais de 10 dias após a sua morte. 18 ou 19 de setembro, Isabel II deverá ser sepultada ao lado do pai na Capela Memorial do Rei George VI no Castelo de Windsor.