Política
Empresas suspeitas tem problemas na Justiça eleitoral de outros Estados
A AR7 tem como razão social o nome Augusto da S Rocha Eireli sendo o mesmo Augusto da Silva Rocha, o estatístico responsável pelas três pesquisas suspeitas realizadas no Amazonas. (Foto: Reprodução)
As empresas AR7 Pesquisa de Opinião e Consultoria Estatística (Augusto da S Rocha Eireli), com sede em São Paulo, e Instituto Phoenix & Associados ( J J Coelho), com sede em Porto Velho, e que tiveram os resultados de suas pesquisas suspensas pelo Tribunal Regional Eleitoral, nesta quinta-feira (22), já tiveram levantamentos eleitorais suspensos ou proibidos de divulgação em outros Estados.
A empresa AR7 registrou 61 pesquisas, grande parte delas em municípios pequenos e médios, sempre com valores de R$ 3 mil e R$ 5mil, o que causou questionamentos uma vez que a empresa aberta em março de 2018, com sede em São Paulo, dificilmente teria estrutura e experiência para realizar tantas pesquisas por todo o Brasil a um valor tão abaixo do valor de mercado.
Em outubro de 2020, durante as eleições para prefeito de Lages (SC), a AR7 teve sua pesquisa suspensa em definitivo além de multa de R$ 53 mil. Na época, a empresa afirmou que realizaria cerca de 2.500 questionários presenciais, em seis cidades diferentes de SC, num intervalo de dois dias. Em Lages seriam 490 entrevistas por R$ 5.000,00.
Suspeição de irregularidades
“A realização desse tipo de trabalho envolve a colocação de muitas pessoas nas ruas, bem como recursos humanos qualificados para a verificação dos dados coletados, procedimentos que certamente implicam gastos que ultrapassam o valor de R$ 5 mil”, apontou o juiz Wilson Pereira Júnior, da Justiça Eleitoral catarinense.
Antes da suspensão em Lages, a AR7 já havia sido proibida em agosto de 2020, de divulgar sua pesquisa para o município de Balneário Gaivota, também em Santa Catarina, por suspeita de irregularidades na contratação e execução dos trabalhos da empresa.
A AR7 tem como razão social o nome Augusto da S Rocha Eireli sendo o mesmo Augusto da Silva Rocha, o estatístico responsável pelas pesquisas da J.J COELHO – ME (Instituto Phoenix & Associados ) e também da C. L. MONTEIRO ( Lottvs V ) empresas que também tiveram as pesquisas suspensas por irregularidades.
Phoenix tem sócio condenado por crime eleitoral
O Instituto Phoenix, responde a processos por suspeita de fraudar pesquisas eleitorais e tem como sócio-administrador, José Juvenil Coelho, condenado a dois anos de prisão por crime eleitoral. Ele alega inocência.
Desde 2016, o Instituto vem respondendo a várias ações judiciais por suspeitas de fraudar pesquisas. O instituto não tem site oficial e nas eleições de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a divulgação de uma pesquisa para a Prefeitura de Taubaté.
O Portal de Notícias tentou entrar em contato com as empresas citadas na matéria, mas ainda não obteve retorno. Assim que tivermos retorno, a posição das mesmas será incluída na matéria.
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