Mundo
África do Sul envia chitas para Moçambique
A África do Sul enviou, esta semana, quatro chitas para a Reserva Nacional de Marromeu, em Moçambique.
O objetivo é reintroduzir estes felinos em zonas do país, como o delta do rio Zambeze, onde a sua população diminuiu drasticamente, devido especialmente, à caça furtiva desenfreada.
Os animais estiveram em quarentena durante cerca de um mês, antes de serem autorizados a viajar.
Para fazerem o percurso, foram tomados todos os cuidados possíveis para manterem as chitas confortáveis, como refere a assistente veterinária Robyn Keyes: “É muito melhor ter uma jaula mais pequena do que uma maior, e isso é puramente porque não lhes dá espaço para tentarem correr contra os lados para saírem. Mas o nível de stress é maior, por isso, depois de serem acordadas, usamos, normalmente, uma anestesia de longa duração que sai do sistema muito lentamente em oposição a outros opiáceos que se podem inverter e depois ficam completamente acordadas e muito stressadas”.
O veterinário Andy Frasier conta como foi o processo da viagem: “O que fizemos aqui, hoje, foi imobilizar quatro chitas: dois machos adultos e duas fêmeas adultas. Carregámo-las em caixas de transporte e elas viajarão para Marromeu (Reserva Nacional) no Delta do Zambeze, em Moçambique. Assim, o Vincent van der Merwe (gestor da Cheetah Metapopulation Initiative) viaja com os felinos durante a noite. Depois, embarcam num avião e viajam para Moçambique de manhã cedo.”
A população de chitas, na África do Sul, está a crescer a uma taxa de cerca de 8% ao ano, o que, de acordo com a Cheetah Metapopulation Initiative, permite ao país exportar animais para outros países.
Em outubro, a África do Sul vai enviar para a Índia mais 12 felinos. As chitas são conhecidas por serem os mamíferos terrestres mais rápidos do mundo.