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Alemanha toma controlo de refinarias russas

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Alemanha toma controlo de refinarias russas

A Alemanha colocou as operações da gigante petrolífera russa Rosneft no país sob tutela da Agência Federal de Rede.

De acordo com o Governo de Berlim, o objetivo é assegurar os abastecimentos de petróleo e garantir a segurança energética do país.

A Rosneft Deutschland processa 12% do combustível produzido anualmente na Alemanha e é responsável pelo fornecimento de petróleo bruto a três refinarias. Tem também uma participação de 54 % numa destas refinarias, a estrategicamente importante refinaria Schwedt no leste do país.

O chanceler alemão, Olaf Scholz referiu que esta não foi uma decisão fácil, mas foi inevitável: “É por isso que é importante que façamos, agora, tudo para garantir que as funções de fornecimento de energia da Alemanha, e isso aplica-se também ao processamento do petróleo bruto. O importante é que o complexo de Schwedt estará assegurada com esta decisão. Gostaria de dizer isto especialmente aos trabalhadores da refinaria e às suas famílias e, claro, à cidade e à região”.

Assim, os cerca de 1200 trabalhadores da refinaria PCK de Schwedt, no estado de Brandeburgo, podem, para já, respirar de alívio. No entanto, o Governo anunciou um pacote de investimentos para preparar a região para um futuro sem a indústria do petróleo, como foi anunciado pelo ministro da Economia, Robert Habeck:“Serão disponibilizados 100.000 milhões de euros para uma transformação de infraestruturas na região, para o futuro, para depois transformar esta região numa região próspera, mesmo depois do petróleo”.

Contudo, não foram dissipadas as dúvidas sobre a forma como a refinaria de Schwedt será abastecida a partir de agora sem recurso ao petróleo russo, uma vez que, o mais tardar até ao final do ano, deixará de circular através do oleoduto “Druzhba”, em conformidade com o embargo contra Moscovo.

O chanceler salientou que já foram feitos investimentos para melhorar a capacidade do oleoduto que liga Schwedt ao porto de Rostock, no nordeste do país, através do qual o petróleo poderia ser importado por navio.

Além disso, segundo Habeck, as conversações estão “muito avançadas” com a Polónia, cujo porto de Gdansk poderia proporcionar outra via para o abastecimento da refinaria, embora os analistas duvidem que possam ser introduzidos volumes suficientes por estes meios para manter a refinaria em plena capacidade.

O Governo germânico pretende, ainda, colocar sob tutela as refinarias de Karlsruhe, em Baden-Württemberg, e de Vohburg, na Baviera.

O braço-de-ferro energético entre Alemanha e Rússia continua. O embargo europeu ao petróleo russo, por causa da guerra na Ucrânia, entra em vigor a 1 de janeiro de 2023.

Fonte oficial da notícia

Redação

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