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Política

Algumas pesquisas eleitorais registradas no AM apresentam falhas primárias

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Algumas pesquisas eleitorais registradas no AM apresentam falhas primárias

Com custo elevado, pesquisas têm erros primários desde a aplicação dos formulários (Foto: Reprodução)

Segundo consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as quinze últimas pesquisas eleitorais registradas e com previsão de divulgação para esta semana no Amazonas, ultrapassam a casa do meio milhão de reais ou, precisamente, R$ 658.593,67.

No entanto, apesar do custo elevado, algumas apresentam falhas primárias já no formulário a ser apresentado pelos pesquisadores aos eleitores a serem entrevistados, o que pode interferir diretamente no resultado das mesmas, induzindo ao erro eleitores e contratantes e colocando sob suspeita resultados de empresas que realizam um trabalho profissional e, portanto, criterioso e responsável.

Ao analisar os registros das pesquisas no site do Tribunal Superior Eleitoral não é difícil observar equívocos de metodologia, nos questionários a serem aplicados pelos entrevistadores ou nos discos com nomes e fotos dos candidatos apresentados aos eleitores entrevistados.

Eleitor de onde?

Nas duas pesquisas da empresa Pontual Pesquisas (AM-04218/2022 e AM-06140/2022 ), por exemplo, verificou-se que o questionário informado pela empresa no site do TSE não apresenta campo para pergunta e registro do nome, município e nem bairro que reside o entrevistado, além de outros dados utilizados como padrão em outras pesquisas e que deveriam ser considerados.

Como divulgar uma pesquisa sem que se tenha perguntado qual seu domicílio eleitoral, ou em que cidade e bairro reside, por exemplo? E como tirar alguma dúvida com o entrevistador se no questionário não existe campo para que ele seja identificado?

Já no registro da pesquisa AM-07529/2022, da empresa Eficaz Pesquisas & Tecnologia, foi detectado que no disco a ser apresentado para presidente da República há o nome e foto do de Roberto Jefferson (PTB), que não é candidato. Ele foi substituído pelo candidato Padre Kelmon.

Nome de Omar omitido

A  empresa C. L. MONTEIRO / LOTTVS V, que na última semana, teve sua pesquisa suspensa pela justiça eleitoral, registrou duas novas pesquisas, com a mesma grave falha detectada no disco de candidatos ao Senado a ser apresentado aos entrevistados, onde não consta a foto e nome do candidato Omar Aziz, do PSD.

Outro caso que chama atenção é do Instituto Phoenix, que também já teve a divulgação da sua última pesquisa suspensa pela Justiça Eleitoral. Ela registrou novo levantamento com o número AM-02336/2022 e, de novo., com falha. Desta vez, trazendo nome e foto de André Janones, no disco de candidatos a presidente. No entanto, Janones abriu mão de concorrer à presidência e é candidato à deputado federal pelo Avante de Minas Gerais.

Bolsonaro e Hadad no 2º turno?

Outra falha curiosa detectada pelo Portal de Notícias, diz respeito ao IPEC que registrou sua pesquisa (AM-08897/2022) para presidente, governador e senador com uma falha no disco, apresentando para simulação de segundo turno uma disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Este último não concorre à presidência no pleito de 2022.

As empresas LOTTVS V, Real Time Big Data, Instituto Veritá e Direto ao Ponto Pesquisas, não informaram previamente os locais a serem aplicados os registros e porcentagem de amostragem entre as cidades.

Vale lembrar que cada empresa pode utilizar uma metodologia própria para a realização de suas pesquisas, seja na definição dos eleitores que serão entrevistados, forma de coleta das informações e tipo de análise desses dados.

No entanto, informações como os questionários aplicados e a lista de cidades onde as entrevistas serão feitas, devem ser apresentadas obrigatoriamente pelas empresas ao TSE, onde precisam ser registradas e ficam disponíveis no site da Justiça Eleitoral para consulta.

O que diz a lei

A resolução 23.600/2019 que dispõe sobre pesquisas eleitorais e disciplina os procedimentos relativos ao registro e à divulgação de pesquisas de opinião pública é clara:

Entre outros itens, exige que as empresas divulguem a metodologia e período de realização, assim como apresentem plano amostral e ponderação quanto a gênero, idade, grau de instrução, nível econômico do entrevistado e área física de realização do trabalho a ser executado, bem como nível de confiança e margem de erro, com a indicação da fonte pública dos dados utilizados.

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Fonte oficial da notícia

Redação

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