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Combates intensificam-se em Soledar impossibilitando retirada de civis
Volodymyr Kerbut é mais uma vítima da guerra na Ucrânia. Polícia durante 25 anos, voluntariou-se para combater pelo país após a invasão russa. Aos 46 anos, morreu em Soledar, atualmente um dos palcos mais sangrentos do conflito.
A tomada de Soledar é estratégica para o exército russo. Depois da retirada de Kherson e Kharkiv, o controlo da cidade, situada a poucos quilómetros de Bakhmut, facilitaria a criação de um corredor entre as duas localidades e uma vitória na região de Donetsk.
Mercenários do grupo Wagner reclamaram já o controlo de Soledar. Uma vitória não confirmada pelo Kremlin e sobretudo refutada pela Ucrânia.
Quando comparadas imagens de satélite atuais com as de há uns meses, a destruição causada pelos combates é visível.
A escalada de violência no terreno levou o presidente Volodymyr Zelenskyy a prometer, esta quinta-feira, o fornecimento rápido e ininterrupto de munições em Soledar e Bakhmut para travar a ofensiva russa na região.
Mas os duros confrontos no terreno estão a fazer vítimas além dos combatentes. De acordo com o governador de Donetsk, mais de 550 civis, incluindo 15 crianças, permanecem em Soledar, sem que possam ser retirados.