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Atualidades com Marcello Amorim

CONFLITO EM FOCO: ENTENDENDO A GUERRA DE ISRAEL E O HAMAS

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CONFLITO EM FOCO: ENTENDENDO A GUERRA DE ISRAEL E O HAMAS

O portal 62 AM, diante das recentes polêmicas surgidas a partir das declarações do presidente Lula sobre Israel e o Holocausto, procurou o reverendo Marcello Amorim para uma entrevista esclarecedora. Marcello Amorim é um profissional multifacetado, com uma vasta experiência como jornalista, publicitário, filósofo, capelão, teólogo, escritor e especialista em diversas áreas acadêmicas. Ele se destaca tanto no setor privado quanto na esfera pública, atuando como palestrante, líder político e defensor de causas humanitárias, além de presidir o Conselho Federal de Capelania. Nesta conversa, o reverendo abordou de maneira simples e clara as principais dúvidas de cidadãos e cristãos sobre o conflito entre Israel e o Hamas, contextualizando suas origens históricas. Além disso, trouxe informações sobre as dimensões teológicas, sociais e filosóficas da história de Israel, discutindo suas implicações para as perspectivas cristãs e a profecia bíblica.

PORTAL 62: Qual a sua avaliação sobre as Declarações do Presidente Lula sobre Israel e o Holocausto?


As declarações do Presidente Lula podem ser avaliadas de diferentes maneiras, dependendo do contexto em que foram feitas e da interpretação das mesmas. Sobre Israel, podem refletir uma posição política específica em relação ao conflito israelo-palestino e às políticas do governo israelense. É uma crítica que podemos considerá-las insensíveis ou inadequadas. Já sobre o holocausto, qualquer comentário deve ser feito com sensibilidade e respeito pela gravidade e pela magnitude do evento histórico. As declarações de Lula foram percebidas como minimizando ou desconsiderando o holocausto, isso é altamente problemático. Até porque, ele precisa entender o impacto político e social disso na comunidade internacional. Declarações de figuras públicas como o Presidente Lula têm um impacto significativo não apenas em termos de política externa, mas também na percepção pública e nas relações entre comunidades. E, comentários controversos sobre questões sensíveis como Israel e o Holocausto podem polarizar a opinião pública e afetar as relações diplomáticas. O pronunciamento do Presidente reflete as crenças, valores e sensibilidades individuais de cada pessoa e do contexto em que foram feitas. As consequências estão aí, ele volta ao Brasil em meio à polêmica com Israel e arestas a aparar com o Congresso e tenta debelar crise diplomática e deve entrar pessoalmente, como é de sua natureza, nas articulações políticas com parlamentares.

PORTAL 62: Após as declarações do presidente, que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, o líder brasileiro foi declarado ‘persona non grata’ pelo governo de Benjamin Netanyahu. O que significa isso na pratica?

Quando um indivíduo é declarado ‘persona non grata’ por um governo estrangeiro, isso significa que esse indivíduo não é bem-vindo no país em questão. No caso específico do presidente Lula, sendo declarado ‘persona non grata’, isso pode resultar em restrições de viagens para Lula a Israel e em possíveis tensões adicionais entre os dois países. Na prática, isso pode ter várias implicações, como Restrição de Entrada no país, seja temporária ou permanentemente. Isso pode ser aplicado a visitas oficiais, viagens de negócios, turismo ou qualquer outra finalidade; Diplomacia e Relações Bilaterais Tensas, ou seja, uma ruptura nas relações diplomáticas entre os dois países; Possíveis Retaliações, desencadeando uma série de retaliações ou medidas por parte do país afetado, incluindo a expulsão de diplomatas, a suspensão de acordos bilaterais ou o corte de relações diplomáticas; o Isolamento Diplomático, com suas interações diplomáticas e internacionais, já que outros países podem seguir o exemplo e restringir suas relações com ela.

PORTAL 62: Como está a nação de Israel nos dias de hoje?
Hoje, é uma metrópole próspera e vibrante, a sede do governo e a maior cidade do país é Tel Aviv com cerca de 405 mil habitantes. Foi fundada em 1909 como a primeira cidade israelita dos tempos modernos, é na atualidade o centro da vida industrial, comercial, financeira e cultural.

PORTAL 62: Porque que Israel está em guerra?

O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam.

PORTAL 62: O que a Bíblia fala sobre guerra Israel?
Como assim? Essa pergunta tem que ter um contexto. Biblicamente? Veja bem, no livro de Ezequiel, capítulos 38 e 39 fala de uma grande batalha que ocorrerá em Israel nos “últimos dias” e que envolverá um povo de “Magogue” liderado por um rei chamado Gogue. Ezequiel descreveu que essa guerra seria travada nos “montes de Israel” contra os filhos de Israel reunidos nessas terras. Sobre a guerra Israel-Hamas, também referido como conflito Israel-Gaza ou conflito israelo-palestino de 2023, todos devem lembrar, começou em 7 de outubro após um ataque terrorista coordenado por vários grupos militantes palestinos contra cidades israelenses, passagens de fronteira, instalações militares adjacentes e colonatos civis nas proximidades da Faixa de Gaza, no sul de Israel. As hostilidades foram iniciadas por um bombardeio de mísseis contra Israel e incursões transportadas em veículos para o território israelense, tendo sido realizados vários ataques contra os militares israelenses, bem como contra as comunidades civis israelenses. A retaliação israelense com bombardeios e incursões militares contra Gaza foi chamada de Operação Espadas de Ferro. É importante observar que o ataque foi liderado por grupos militantes palestinos, incluindo o Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, com o apoio do Irã. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apoiou verbalmente o levante, afirmando que os palestinos tinham o direito de se defenderem contra a ocupação israelense. Li relatórios técnicos militares e diplomáticos que, o Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, a União Europeia e muitos países membros expressaram condenação dos ataques e disseram que Israel tinha o direito à autodefesa.

PORTAL 62: O senhor pode fornecer uma breve visão geral do significado histórico de Israel a partir de uma perspectiva teológica?

Veja bem, Israel possui imenso significado teológico para várias tradições religiosas, particularmente o Judaísmo, o Cristianismo e o Islã. Na Bíblia Hebraica ao qual é nossa base de fé, Israel é retratado como a terra prometida dada por Deus aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. É uma terra central para a aliança entre Deus e o povo judeu. Além disso, no contexto atual Israel tem também relevância no cenário geopolítico mundial, enfrentando desafios de segurança, diplomacia e desenvolvimento socioeconômico. Sua localização estratégica no Oriente Médio e sua importância religiosa contribuem para sua relevância internacional.

PORTAL 62: Vamos tentar ser mais específicos então. Como o senhor interpreta o conflito em curso hoje entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza do ponto de vista teológico?

A resposta é simples. Biblicamente, o conflito entre Israel e o Hamas é multifacetado e profundamente enraizado em fatores históricos, políticos e religiosos. Eles brigam por terra, raça e religião. Por isso, de uma perspectiva teológica, reflete as complexidades do conflito humano, a busca por terra, poder e identidade religiosa. É importante procurar a paz e a justiça, reconhecendo ao mesmo tempo o sofrimento de todas as partes afetadas.

PORTAL 62: O que podem os cristãos evangélicos esperar deste conflito em curso entre Israel e o Hamas?

Como cristãos, somos chamados a ser pacificadores e a orar pelo bem-estar e pela reconciliação de todos os povos. O conflito no Médio Oriente, incluindo aquele entre Israel e o Hamas, lembra aos cristãos a fragilidade do nosso mundo e a necessidade de oração, empatia e esforços práticos em prol da paz e da justiça.

PORTAL 62: Como descreveria o atual contexto sócio-político de Israel e a sua importância nos assuntos globais contemporâneos?

Israel é a nação do coração de Deus. Israel continua a ser um ponto focal de atenção global devido ao seu significado geopolítico, importância religiosa e conflitos em curso. É uma nação marcada pela diversidade, inovação e ressonância histórica, mas também por desafios persistentes, incluindo preocupações de segurança, disputas territoriais e questões de direitos humanos.

PORTAL 62: O senhor vê alguma conexão entre os acontecimentos que se desenrolam hoje em Israel e as profecias delineadas na Bíblia Sagrada, particularmente em relação ao fim dos tempos e ao apocalipse?

Interpretar os acontecimentos atuais à luz da profecia bíblica requer cautela e humildade. Embora alguns possam ver paralelos entre certos desenvolvimentos geopolíticos e as profecias bíblicas, é essencial abordar tais interpretações com discernimento, evitando leituras simplistas ou sensacionalistas. Os cristãos são chamados a viver fielmente no presente, confiando na soberania de Deus e trabalhando para o florescimento de toda a criação.

PORTAL 62: Qual é a importância histórica e teológica de Israel para as principais religiões monoteístas?
Israel é considerada a Terra Prometida para o povo judeu, como mencionado no Antigo Testamento da Bíblia. Além disso, é um local sagrado para cristãos e muçulmanos, cada um com suas próprias narrativas e tradições associadas à região.

PORTAL62: Há conexões entre os eventos atuais em Israel e as profecias bíblicas sobre o fim dos tempos e o Apocalipse?

Interpretar eventos contemporâneos à luz das profecias bíblicas requer cautela e discernimento. Embora algumas pessoas possam ver paralelos entre certos acontecimentos e narrativas apocalípticas, é importante evitar interpretações sensacionalistas e focar em viver de acordo com os valores do amor, justiça e esperança, como ensinados por Jesus Cristo.

PORTAL62: O que é o CONFECAP que o senhor preside?

Temos a honra de presidir no Amazonas e Roraima uma instituição que é autorizado pela Constituição Federal Brasileira, artigo 5º, inciso VII, abarcada pela Lei Federal de nº 9.982, de 14 de julho 2000; como também pelo Decreto 148 da Convenção de Haia. O Conselho Federal de Capelania é o órgão credenciado que organiza nacionalmente o trabalho humanitário voluntário de Capelania. Atua na organização, fiscalização, capacitação, credenciamento e certificação de voluntários capelães a desenvolverem o trabalho voluntário humanitário de auxílio aos aflitos em entidades de internação coletivas. Presidido internacionalmente pelo Capelão Washington Luiz, o CONFECAP, teve início de suas atividades em março de 1998 em Brasília Distrito Federal sendo devidamente registrado em 2009. Se expandindo para vários Estados e Municípios no Brasil e também em vários países no mundo. É uma instituição sem fins lucrativos que presta assistência humanitária voluntária em hospitais, presídios e demais unidades de internações coletivas. Atendendo, enfermos, internos, familiares e funcionários.

Entrevista Exclusiva: Reverendo Marcello Amorim
Analisa as Declarações de Lula sobre Israel

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