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Davos Dia 3: Scholz e Zelenskyy voltam a pôr Ucrânia na agenda
Portugal em destaque no combate à covid-19
A chegada do inverno e o tão aguardado “regresso à normalidade” estão a apresentar alguns desafios aos governos e às autoridades sanitárias na gestão da pandemia. Numa sessão moderada pela jornalista da Euronews, @SashaVakulina, um painel de especialistas expôs as preocupações que ainda assolam a comunidade científica.
Para Seth F. Berkley, diretor executivo da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI), uma das questões centraís é combater a ideia de que a covid-19 já não afeta a população mundial. “Desde 2022 temos vacinas suficientes para fornecer a todo o mundo, o problema é encontrar procura. Parte do mundo diz: ‘a covid acabou’”.
- Acompanhe aqui o debate “O Estado da Pandemia”:
Já no campo das boas práticas, o caso de Portugal mereceu destaque em Davos, nomeadamente no que diz respeito à campanha de vacinação.
De acordo com Maria Leptin, presidente do Conselho de Investigação Europeu, “os países que tiveram mais sucesso na vacinação não baseram [as campanhas] em tentar que os cidadãos compreendessem a ciência”.
Para a cientista, esse foi o caso de Portugal, “onde a campanha [de vacinação] foi entregue a um general na reforma”, que “tratou o país como as suas tropas e comandaou-as, declarando guerra [à covid], uma guerra que o país, movido por uma paixão patriótica, ia combater unido”.
Outra das dificuldades está a ser fazer chegar a mensagem aos destinatários. Para a presidente do Conselho de Investigação Europeu, é necessários encontrar novos comunicadores, porque as pessoas não confiam nos cientistas.
“Nós, os cientistas fizemos o que sempre fazemos, expressámos o nosso conhecimento e as nossas incertezas (…) o problema é que parte dos cidadãos não percebe que a incerteza é parte do método científico”.