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Demissão de Truss abre a porta a nova luta no seio dos Conservadores
Após várias semanas de turbulência na sequência da apresentação de um mini-orçamento, a primeira-ministra britânica, Liz Truss, apresentou esta quinta-feira a demissão.
Truss justificou a decisão afirmando não ter condições para cumprir o mandato.
“Atendendo à situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador.
Por conseguinte, falei com Sua Majestade o Rei para o notificar que me demito do Partido Conservador”.
Fica assim aberta a porta para uma nova corrida à liderança dos Conservadores.
O presidente do Comité 1922 do Partido Conservador afirma que até ao final da próxima semana o país terá um novo primeiro-ministro.
“Será possível realizar uma votação e concluir a eleição para a liderança até sexta-feira, 28 de Outubro. Deveremos, por isso, ter um novo líder em funções antes da apresentação do pacote fiscal, a 31 de Outubro”, anunciou Graham Brady, Presidente do Comité 1922 do Partido Conservador.
Entre os possíveis candidatos fala-se do regresso de Boris Johnson.
O líder da oposição contudo insiste na realização de eleições antecipadas.
“Não podemos ter outra experiência no topo do partido Conservador. Existe uma alternativa e esse é um governo trabalhista estável. E o público tem direito a dar uma opinião. E é por isso que deve haver uma eleição geral”, afirma Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista da oposição do Reino Unido
A passagem de Truss pelo governo caracterizou-se pelo afastamento do ministro das finanças Kwasi Kwarteng na sequência da apresentação de uma reforma fiscal.
A última gota teria sido a demissão da ministra do Interior, Suella Braverman, na quarta-feira seguida de cenas caóticas no interior do Parlamento.