Mundo
Enrico Letta vai a eleições em Itália pela Europa e contra a extrema-direita
Em Itália e no estrangeiro, Enrico Letta centra o discurso nos perigos da ascensão da extrema-direita.
O professor universitário doutorado em Direito Comunitário apresenta-se como um candidato que está na corrida para vencer.
Foi Ministro das Políticas Comunitárias, Ministro da Indústria, Comércio Externo e Subsecretário do Gabinete do Primeiro Ministro no governo Prodi. O seu primeiro mandato como primeiro-ministro de Itália durou dez meses, entre 2013 e 2014. Enfrentou as fases iniciais da crise dos migrantes europeus, incluindo o naufrágio mais mortal da história recente do Mar Mediterrâneo.
Depois de perder a confiança do partido, na altura liderado por Matteo Renzi, foi viver para Paris onde dirigiu uma Escola de Assuntos Internacionais. Entretanto, Matteo Renzi fundou o seu próprio partido e Enrico Letta regressou a Itália para dirigir o Partido Democrático, em março de 2021.
Diz que “sobre os ombros dos eleitores italianos não há apenas o destino da Itália, mas o destino da Europa” e que as eleições “são como um referendo do Brexit no Reino Unido”.
O Partido Democrata, de Letta, considera as eleições críticas para os direitos civis. “A Itália está anos atrasada” em matéria de direitos, diz Letta, lembrando que o país não permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou a adoção por solteiros.
Nas sondagens de opinião, o Partido Democrático a concorre lado a lado com o partido de extrema-direita Irmãos de Itália, de Giorgia Meloni, com raízes no neofascismo.
As sondagens indicam que a coligação de Meloni com o Partido da Liga de Matteo Salvini e o partido Forza Itália de Sílvio Berlusconi lhe dá uma forte hipótese de vitória.