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Erdogan confirma mais de 35 mil mortos na Turquia
Recep Tayyip Erdogananunciou esta terça-feira que mais de 35 mil pessoas morreram na Turquia em consequência do terramoto da semana passada,tornando este desastre o mais mortal desde a fundação do país há 100 anos.
Embora seja quase certo que o número de mortos irá aumentar ainda mais, muitas das dezenas de milhares de sobreviventes que ficaram sem abrigo ainda a lutam para satisfazer necessidades básicas, como encontrar abrigo contra o frio.
O presidente turco, que se referiu ao terramoto como “o desastre do século”, disse que mais de 13 mil pessoas ainda estão a ser tratadas no hospital.
Na Síria, quase 3.700 mortes foram confirmadas, elevando o número nos dois países para mais de 39 mil.
ONU PEDE AJUDA PARA A SÍRIA
Na Síria, uma guerra civil de 12 anos complicou os esforços de socorro e significou dias de disputas sobre a forma de transferir a ajuda para o país.
O Ministério da Saúde sírio anunciou uma contagem final de 1.414 mortos e 1.357 feridos em áreas sob controlo governamental.
Esta terça-feira, as Nações Unidas lançaram um apelo no valor de 397 milhões de dólares para fornecer “alívio desesperadamente necessário para salvar a vida a quase 5 milhões de sírios” durante três meses.
A ONU está autorizada a prestar ajuda ao noroeste da Síria através da passagem de Bab al-Hawa, na fronteira com a Turquia. A renovação dessa autorização é uma batalha regular no Conselho de Segurança, onde o aliado de Assad, a Rússia, tem defendido que toda a ajuda seja encaminhada através de Damasco.
O atraso na abertura de novas travessias paralisou os esforços de alívio imediato e de busca e salvamento.
SETE PESSOAS RESGATADAS NA TURQUIA
Sete pessoas foram resgatadas esta terça-feira dos escombros, oito dias depois dos terramotos. Muhammed Cafer, um jovem de 18 anos, foi salvo em Kahramanmaraş. Muhammed Yeninar, de 17 anos, e o seu irmão Baki, de 21, foram encontrados vivos na mesma região.
Uma mulher de 35 anos de idade foi retirada viva das ruínas de um bloco de apartamentos no sul da província de Hatay.
Três outras mulheres, duas na província de Hatay e uma na cidade de Kahramanmaras, também foram resgatadas esta terça-feira, segundo os meios de comunicação turcos.
EM ANTÁQUIA JÁ NÃO HÁ SEPULTURAS
Em Antáquia, a capital da província de Hatay, no sul da Turquia, já não há sepulturas nos cemitérios. As autoridades criaram cemitérios improvisados para os mortos – uma espécie de vala comum a céu aberto.
A repórter da Euronews, Anelise Borges, visitou alguns destes locais, que estão espalhados pela cidade. Conta que que os corpos que chegam sem identificação passam por um processo. Estão a ser recolhidas amostras de ADN para que todos os corpos sejam contabilizados e para que as pessoas saibam onde os seus entes queridos estão a ser enterrados.