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Escassez de munições limita potencial da Rússia
As forças russas continuam a apostar em ações defensivas, na construção de fortificações e a deslocar homens na margem oriental do rio Dnipro, na região de Kherson. As informações são avançadas pelo Instituto para o Estudo da Guerra.
O Ministério da Defesa britânico acrescenta que a escassez de munições é um dos principais fatores que limitam o potencial da Rússia para reiniciar ofensivas terrestres eficazes e em larga escala.
A retirada da Rússia da margem ocidental do rio Dnipro, no mês passado, proporcionou às Forças Armadas ucranianas oportunidades de atacar a logística e as linhas de comunicação russas.
Esta ameaça, provavelmente, fez com que Moscovo relocalizasse os nós de abastecimento, incluindo os pontos de transferência ferroviária, mais a sul e a leste.
Na região oriental Kherson – Zaporizhzhia, os movimentos militares russos sugerem que as forças de Moscovo não podem defender áreas críticas no meio de crescentes ataques ucranianos. O Estado-Maior General ucraniano informou que as forças russas retiraram ou estão actualmente a retirar soldados de três cidades na região de Zaporizhzhia.
A potencial retirada da cidade de Polohy é particularmente importante, uma vez que se situa num cruzamento crítico. Nesse cenário, as forças russas teriam mais dificuldade em defender Tokmak de operações ucranianas.
A retirada de regiões estratégicas sugere que as forças russas não podem defender toda a linha da frente na região de Zaporizhzhia e estão a dar prioridade a locais onde podem concentrar forças. É igualmente provável que as forças russas estejam a reorientar as posições na região de Zaporizhzhia para poderem deslocar soldados para esta região.