Mundo
Europa não esquece mulheres iranianas
A Europa continua a mostrar apoio aos protestos no Irão, na sequência da morte de Masha Amini. A jovem de 22 anos morreu sob custódia policial três dias depois de ter sido presa por alegadamente não estar a usar corretamente o hijab obrigatório.
Itália
Centenas de pessoas reuniram-se em Roma, na praça de San Giovanni, e gritaram “mulher, vida, liberdade”. “Não estamos a lutar apenas por nós, estamos a lutar por todo o Médio Oriente e por todo o mundo”. Não é de todo um governo normal”, disse Sara Moradi, uma mulher iraniana que vive em Turim.
“Estamos a tentar dizer aos governos ocidentais que já não queremos este regime”, sublinhou Hamideh Saberi, uma estudante iraniana de Turim. “Eles precisam de ajudar o povo iraniano a chegar à democracia”, acrescentou.
França
Em Paris, várias centenas de pessoas participaram num comício na Praça da República. “Penso que há uma verdadeira revolução e penso que alcançarão a liberdade“, disse à AFP Mahtab Ghorbani, escritora exilada em França há cinco anos e uma das organizadoras do protesto.
Alemanha
Várias concentrações e manifestações para lembrar a repressão imposta pelo governo de Teerão também foram organizadas na Alemanha. “Estamos hoje aqui pela liberdade, pela solidariedade, pelas pessoas que estão a morrer no Irão. Para que o mundo nos ouça. Somos a voz dos iranianos, das pobres crianças e dos jovens que estão a morrer”, disse uma das manifestantes em Berlim.
Repressão dos estudantes em Teerão
Estudantes de universidades por todo o Irão continuaram hoje os protestos apesar do aviso do comandante do Pasdaran – os Guardiões da Revolução – Hossein Salami, que pediu o fim dos “confrontos” pedindo aos manifestantes para ficarem em casa.
As manifestações entraram na sétima semana. Entretanto, circulam vídeos nas redes sociais de confrontos entre Basiji (membros das forças paramilitares iranianas) e estudantes em várias universidades. Alguns jovens têm sido detido, incluindo 30 na Universidade de Babol.