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FAO diz que país vive uma crise histórica
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura alerta: a fome, que está iminente na Somália, vai exigir uma “resposta humanitária maciça”. De acordo com este organismo há “indicadores concretos”, “extremamente alarmantes”, de que a situação se agravará, provavelmente no final do ano, em parte do país.
Rein Paulsen, Diretor do Gabinete de Emergências e Resiliência da FAO,explicava que nunca antes houve quatro estações de chuva sem água e esperam que a quinta, no final deste ano, seja igual. O que os coloca em território “desconhecido”.
Uma “crise histórica” no país, afirmava este responsável acrescentando que é preciso aumentar “consideravelmente” a resposta a este problema caso contrário a “perda de vidas” será “significativa”.
Milhares de pessoas estão a morrer devido a uma seca sem precedentes agravada pelos efeitos da guerra na Ucrânia. A fome aumenta a taxa de mortalidade, porque cria desnutrição, combinada com doenças como a cólera.
A Somália já enfrentou escassez de alimentos em 2011, mas desta vez os efeitos serão, provavelmente, ainda piores, advertiu a ONU.
A juntar às condições climáticas extremas há o facto de algumas áreas estarem sob o controlo do grupo extremista al-Shabab que tem sido hostil aos esforços humanitários. Desconhece-se o número de mortos nos últimos meses.
A seca obrigou, pelo menos, um milhão de pessoas a partirem. Uma situação que afeta o Corno de África que inclui a Etiópia e o Quénia.