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FMI reduz perspectiva de crescimento do Paquistão para 0,5%
O Fundo Monetário Internacional reduziu as perspectivas de crescimento para o Paquistão sem dinheiro, prevendo que a frágil economia do país do sul da Ásia crescerá apenas 0,5% este ano, ante 6% em 2022
ISLAMABAD — O Fundo Monetário Internacional reduziu as perspectivas de crescimento para o Paquistão, que está sem dinheiro, prevendo que a frágil economia do país do sul da Ásia crescerá apenas 0,5% este ano, ante 6% em 2022.
Os dados mais recentes sobre a economia do Paquistão foram divulgados pelo FMI na terça-feira, quando divulgou seu relatório World Economic Outlook em Washington.
O FMI também previu uma inflação de 27% na empobrecida nação islâmica para 2023.
O credor global alertou que o desemprego continuará a aumentar no Paquistão. O país está lutando para evitar um calote enquanto se recupera da destruição causada pelas enchentes do verão passado, que mataram 1.739 pessoas e causaram prejuízos de US$ 30 bilhões.
O governo de coalizão do primeiro-ministro do Paquistão, Shahbaz Sharif, está em negociações com o FMI para receber uma parcela importante de um pacote de resgate de US$ 6 bilhões assinado em 2019 pelo antecessor de Sharif, Imran Khan. Nas últimas semanas, o governo de Sharif cortou os subsídios e aumentou os impostos para cumprir os termos do resgate e garantir a liberação da parte de US$ 1,2 bilhão do acordo que está paralisado desde dezembro.
Mas essas medidas resultaram em aumentos no preço dos alimentos, gás e energia no Paquistão.
O governo de Sharif tornou-se impopular devido ao aumento dos preços dos alimentos, embora ele culpe Khan, que agora é o líder da oposição no país, por administrar mal a economia quando estava no poder.
Khan foi deposto em abril passado em um voto de desconfiança no Parlamento e, desde então, vem liderando comícios em uma tentativa fracassada de forçar Sharif a concordar com uma eleição antecipada, marcada para o final deste ano.