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Governo tcheco aprova projeto de lei para gastos militares de 2% do PIB
PRAGA — O governo tcheco aprovou na quarta-feira um projeto de lei destinado a elevar os gastos com defesa à meta exigida pela OTAN de 2% do produto interno bruto, enquanto a guerra da Rússia na Ucrânia continua.
A ministra da Defesa, Jana Cernochova, disse que a medida “garantiria um financiamento estável e transparente de grandes projetos estratégicos de defesa no futuro”.
Cernochova disse que a guerra na Ucrânia “deixou claro que temos que estar prontos para os conflitos atuais e futuros e é por isso que uma rápida modernização do exército é absolutamente necessária”.
Embora os tchecos despendam apenas 1,52% do PIB em defesa este ano, a meta de 2% deve ser alcançada em 2024 assim que o projeto de lei for aprovado no parlamento, onde a coalizão governista tem maioria nas duas câmaras.
Os membros da OTAN concordaram em 2014 em se comprometer com a meta de gastos de 2% até 2024. Atualmente, apenas nove dos 30 membros da aliança militar ocidental atingem ou superam essa meta.
Os Estados Unidos, que fornecem a maior parte das forças da Otan, há muito reclamam de que vários de seus aliados europeus não o fazem o suficiente.
A invasão russa da Ucrânia acelerou a modernização das forças armadas tchecas com a aquisição planejada de vários bilhões de euros de novos armamentos. Os tchecos estão negociando com os EUA uma possível compra de 24 caças F-35 e conversando com a Suécia para a aquisição de 210 veículos blindados CV90.
A República Tcheca tem sido um firme defensor da Ucrânia, doando armamento da era soviética para as forças ucranianas, incluindo tanques. Também emitiu quase 475.000 vistos para refugiados ucranianos, dando-lhes acesso a cuidados de saúde, ajuda financeira, autorizações de trabalho e outros benefícios.
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