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Irão amnistia milhares de prisioneiros mas perdão tem várias exceções
O líder supremo do Irão anunciou um perdão a milhares de prisioneiros. A amnistia dada pelo ayatollah Ali Khamanei tem no entanto exceções. De fora ficam todos os condenados por “corrupção na terra”, “espionagem para forças estrangeiras”, homicídio, ou ataque a sítios públicos, ligados ao governo, ou ao exército.
Por esclarecer fica saber como vai este perdão ser aplicado às cerca de 20 mil pessoas atualmente detidas por participarem em protestos contra o governo iraniano.
Várias associações humanitárias classificaram já a medida como propagandística, alegando tratar-se de um gesto para limpar a imagem pública das autoridades.
Uma das vozes contestatárias foi a da vice-diretora do Centro para os Direitos Humanos no Irão (ICHRI), Jasmin Ramsey, que, no Twitter, escreveu que o “perdão” concedido significa apenas que “Khamenei e companhia estão encurralados” e que “não é perdão se os prisioneiros não cometeram crimes”.
A ativista alertou ainda para o facto de que “os presos políticos que há anos defendem direitos básicos no Irão permanecem na prisão”.