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Itália apreende 4 toneladas de cocaína ligadas ao clã colombiano do Golfo
Agentes italianos confiscaram 4,3 toneladas de cocaína com um valor de rua de quase um quarto de bilhão de euros (dólares) na cidade portuária de Trieste, no nordeste, dando um golpe no temido Clã do Golfo da Colômbia em uma das maiores apreensões de drogas de todos os tempos na Europa
MILÃO — Agentes italianos confiscaram na terça-feira 4,3 toneladas de cocaína com um valor de mercado de quase um quarto de bilhão de euros (dólares) na cidade portuária de Trieste, no nordeste do país, dando um golpe no temido clã do Golfo da Colômbia em uma das maiores apreensões de drogas de todos os tempos na Europa.
Estão sendo executados mandados de prisão contra 38 pessoas suspeitas de tráfico internacional de drogas na Itália, Eslovênia, Croácia, Bulgária, Holanda e Colômbia. A apreensão foi realizada pela polícia financeira italiana e coordenada por investigadores antimáfia, após uma investigação de um ano que também envolveu a Segurança Interna dos EUA.
A operação secreta “levou outro forte ataque a um dos mais importantes grupos de narcotraficantes colombianos”, disseram investigadores antimáfia em um comunicado em inglês.
No mês passado, o suposto chefe do Clã do Golfo foi extraditado da Colômbia para os Estados Unidos. Dairo Antonio Úsuga David, mais conhecido pelo pseudônimo Otoniel, enfrenta acusações dos EUA em três tribunais federais.
O presidente colombiano Iván Duque na época da extradição o comparou a Pablo Escobar, o falecido ex-chefe do cartel de drogas de Medellín, chamando-o de “o narcotraficante mais perigoso do mundo”. O ex-senhor da guerra rural ficou foragido por mais de uma década corrompendo funcionários do Estado e se alinhando com combatentes da esquerda e da direita.
As autoridades italianas estimam que grupos criminosos pagaram 96 milhões de euros (102 milhões de dólares) pela cocaína, que valeria 240 milhões de euros no mercado italiano. Agentes disfarçados se infiltraram na cadeia de contrabando de drogas, que operava nas regiões do norte de Veneto e Lombardia, na região do Lácio, incluindo Roma e na região sul da Calábria, na ponta da bota da Itália.
Durante a investigação, agentes disfarçados estiveram envolvidos em 19 “entregas controladas”, o que levou à identificação dos principais traficantes, tanto no nível intermediário quanto no internacional.
Junto com a droga, os agentes também apreenderam 1,8 milhão de euros em dinheiro, bem como veículos supostamente usados para o tráfico, incluindo um caminhão de grande porte.