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Kiev neutralizou grande parte de ofensiva contra rede energética
Não foram só as infraestruturas energéticas ucranianas a ser alvo da mais recente ofensiva russa, como atestam as imagens de devastação em bairros residenciais na zona de Zaporíjia. Há, pelo menos, quatro mortos registados, anunciou o próprio presidente.
Mas Volodymyr Zelenskyy afirmou também que Kiev conseguiu intercetar a maior parte dos 70 mísseis lançados por Moscovo, o que, salienta, “constitui uma prova concreta de que o terror pode ser derrotado”. No entanto, reconheceu que não é possível proteger totalmente o céu ucraniano.
A urgência das reparações da rede de abastecimento elétrico acentua-se com a previsão de pico de temperaturas glaciais por estes dias.
Mas subsiste o fator da resiliência ucraniana. Andriy, residente em Lviv, realça que “os seres humanos conseguem adaptar-se a tudo. Os habitantes têm lanternas e geradores, o que lhes permite enfrentar a situação”, perante os cortes forçados.
Duas bases aéreas russas foram abaladas por explosões, no que terá sido um ataque de longo alcance inédito por parte de Kiev para neutralizar bombardeiros.
Igor Konashenkov, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, fala num “ataque terrorista” que teve como resposta uma “ofensiva por ar e terra contra alvos militares estratégicos ucranianos”.
Em Kherson, os habitantes continuam a precipitar-se para fora de uma cidade que permanece debaixo de fogo, com as forças russas concentradas na outra margem do rio Dniepre.