Mundo
Macron critica protecionismo americano
Em visita aos Estados Unidos da América, Emmanuel Macron disse que o plano de ajuda da administração Biden às empresas americanas poderia “dividir o Ocidente”, perante os rivais económicos, como é o caso da China.
O **plano de Biden pode levar à deslocalização de empresas europeias para a América,**devido aos benefícios fiscais e subsídios previstos na Lei de Redução da Inflação. A Casa Branca vê com bons olhos as discussões sobre o tema.
John Kirby, Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, referiu que os parceiros europeus “expressaram as suas preocupações sobre a Lei da Redução da Inflação”.
Para além disso, o responsável americano recordou que “no mês passado, o Presidente Biden criou uma equipa especial para a relação Estados Unidos-União Europeia” para que pudessem compreender melhor “as preocupações europeias sobre o plano” e partilhar perspetivas, em especial, sobre a energia limpa.
Apesar do comentário, Macron disse que a aliança franco-americana é “mais forte do que tudo” ao terminar o primeiro, de três dias de visita oficial.
“Se estou de regresso a Washington e se me vou encontrar com o Presidente Biden, logo após me ter encontrado com vocês, é para tentarmos juntos viver à altura do que a história selou entre nós, uma aliança mais forte do que tudo”, salientou o chefe de Estado francês.
Macron visitou ainda a NASA, a agência espacial norte-americana, ao lado de Kamala Harris, e pediu uma reforma do Fundo Monetário Internacional, no que diz respeito ao combate às alterações climáticas. Para além disso,participou ainda numa cerimónia no Cemitério Nacional de Arlington.
O Presidente francês deverá encontrar-se com o homólogo americano esta quinta-feira, naquela que é a primeira visita após a crise dos submarinos, que deixou Paris e Washington de costas voltadas.