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Atualidades com Marcello Amorim

Manchetes, vida, cotidiano, futebol e política

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Manchetes, vida, cotidiano, futebol e política

Nesta sexta-feira tivemos vários fatos históricos, que vão além da derrota da seleção na oitava de finais, se eternizaram através de vários fatos e protagonistas gerando um sentimento de arrasamento ao povo canarinho.  Os fatos nefastos no país vão além do Brasil fantasioso do gramado, com destaque de Tite e Neymar Junior para um Brasil real, onde reflete na mesa de cada um de nós.

No mundo e no Brasil hoje, inúmeras notícias nos vieram à tona. A família real divulga imagens da decoração de Natal do Castelo de Windsor. A ornamentação da principal árvore, no St George’s Hall, levou 13 horas para ser finalizada.

Os vilões da inflação no mês de novembro foram a cebola e o tomate, com altas de 23% e 15%, respectivamente. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu 0,41% no mês, puxado pelos itens de Transporte e Alimentos. A inflação está em 5,9% no acumulado em 12 meses, acima do teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC), que é de 5%.

O músico britânico Elton John deixou o Twitter nesta sexta-feira, a mais recente celebridade a abandonar a rede social vendida para Elon Musk por 44 bilhões de dólares. O astro, que está atualmente em sua última turnê global, culpou a recente mudança de política do Twitter como um motivo para sair da rede social. O artista de 75 anos se junta a uma longa lista de celebridades que abandonaram o Twitter recentemente, incluindo a supermodelo Gigi Hadid, a escritora Shonda Rhimes e o ex-guitarrista do White Stripes, Jack White.

ABB anuncia fábrica na China que irá produzir até 25% de todos os robôs do mundo.

Essas foram apenas algumas das manchetes de hoje. Chegando ao final deste dia, inúmeros desprazeres nos alcançam através da grande imprensa, mas, outras notícias geram esperança. Talvez para alguns, fictício ou ilusório. Vejamos:

Aparição de Bolsonaro – Após está praticamente recluso havia quase 40 dias – ocorre a três dias da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Superior Eleitoral. Em sua primeira aparição a apoiadores que pedem um golpe militar após a derrota nas eleições, o 38.º presidente do Brasil, capitão reformado e Jair Bolsonaro fez um discurso em que disse que o Brasil está numa “encruzilhada”, que são eles quem decidem para onde vão as Forças Armadas e instou os presentes a “fazer a coisa certa”.

A fala alimenta os temores dos críticos de que os apoiadores bolsonaristas se sintam ainda mais estimulados a tentar de alguma forma impedir o rito, assim como os trumpistas fizeram no Capitólio, nos EUA, em 2021. Bolsonaro jamais reconheceu a derrota para o petista no segundo turno.

O presidente repetiu que as Forças Armadas são o último obstáculo ao socialismo. “As Forças Armadas estão unidas, devem lealdade ao nosso povo e devem respeito à Constituição e são responsáveis por nossa liberdade”, destacou. Talvez ele queira lembrar à todos que o Artigo 8° da CF dia que “O emprego das Forças Armadas, na defesa da Pátria, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, é da responsabilidade do Presidente da República, que o determinará aos respectivos Ministros Militares.”

Anúncio de cinco Ministros – Nesta sexta-feira, Lula anunciou cinco dos principais ministros do seu governo, que possivelmente toma posse em 1º de janeiro.

As primeiras prenunciações que nos ficam, por que fazer o anúncio hoje, antes do jogo do Brasil na Copa? Simples, porque Lula – bem assessorado – queria que o anúncio recebesse a menor atenção possível, enquanto a atenção da maioria estava voltada para a seleção em campo.

Surge a proxima indagação. Por que o presidente eleito quis que o anúncio desta parte do ministério recebesse menos atenção? Possivelmente, por temer uma reação mais negativa dos mercados como a alta do dólar e juros de mercado, além da queda da Bolsa. Sem contar o reflexo sobre grande parte da opinião pública, incluindo a maior parte dos que votaram nele por se oporem a Bolsonaro, mas que não são apreciadores do petismo.

Poucos conseguem fazer importante leitura dos fatos, onde, nesse anúncio inicial, Lula focou em agradar a seus apoiantes matriz e ao petismo, em geral. Ele indicou dois petistas – Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda e Rui Costa para a Casa Civil – e 3 aliados de longa data – o ex-governador do Maranhão, Flávio Dino para o Ministério da Justiça, o atual embaixador do Brasil na Croácia Mauro Vieira para o Ministério das Relações Exteriores, cargo que ele já ocupou no governo da senhora Dilma, e o ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais do próprio Lula, José Múcio, para Ministro da Defesa.

O presidente eleito decidiu dividir o Ministério da Economia em três partes, ou seja: Ministério da Fazenda, do Planejamento e Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. Portanto, no alenta que Haddad não terá tanto poder no governo que virá quanto Paulo Guedes – que foi eleito o melhor ministro da Economia do ano pela revista GlobalMarkets – teve no governo Bolsonaro.

Sobre esse assunto, quero fazer a última reflexão sobre essa trama. Lula ainda está acabando de costurar os acordos de apoio a seu governo no Congresso, incluindo a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 32/2023, conhecida como “PEC do Estouro” pois tem o intuito de alterar as regras fiscais e viabilizar a manutenção de programas sociais e o cumprimento de promessas feitas por Inácio Lula e PT durante a campanha eleitoral.

Ainda haverá muitos embates quanto o ‘mote’, por representar um ponto de vista crítico e opinativo de viés negativo, sem claramente dizer isso. Até porque está também em jogo o loteamento de cargos em seu governo.

Para terminar, já não bastasse o Brasil perder no campo para a Croácia. A Argentina se classificar para as quartas de finais da Copa. O Fernando Haddad ser anunciado como Ministro da Fazenda. Daqui a pouco, só faltará o Lula nos vexar com o anúncio de Adenor Leonardo Bacchi, mais conhecido como ‘Tite’ como Ministro dos Esportes!

Sobre Tite, ele precisa aprender que liderar é assumir o protagonismo, mostrar o caminho, não abandonar seu time! O jogo de hoje e a seleção nos mostrou muitas lições de gestão. Essa atitude de técnico mostra que não é o papel de um líder perante uma derrota. O líder pega na mãos, ajuda o time a passar pela fase ruim, nessas horas o papel de um líder é ser protagonista de saber viver uma derrota.

Indubitavelmente nesta sexta-feira foi um péssimo dia para nós brasileiros. Mas, voltando para a inesperada aparição do presidente Jair Bolsonaro “Se Deus quiser, tudo dará certo no momento oportuno”.

Marcello Amorim