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Milhões de ucranianos sem energia
A noite caiu em Kiev e com ela a escuridão que cobriu a capital da Ucrânia e grande parte do território.
De acordo com informações da presidência ucraniana, cerca de metade da infraestrutura energética do país está destruída depois de mais um dia de intensos bombardeamentos perpetrados pelas forças da Rússia. Milhões estão sem eletricidade numa altura em que as temperaturas começam a atingir números negativos.
As autoridades locais informaram que três pessoas foram mortas e nove ficaram feridas na capital, depois de um edifício de dois andares ter sido atingido.
Também Lviv, Mikolaiv e Kharkiv estiveram sob intensos bombardeamentos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy lamentou o grande número de mortes e feridos, e “quanto ao fornecimento de eletricidade e água, todos os engenheiros de energia estão a trabalhar, os socorristas estão a trabalhar. As tarefas foram definidas para as autoridades locais. Vamos restaurar tudo isto e vamos passar por tudo isto porque somos pessoas inquebráveis”, concluiu.
O governante afirmou, ainda, que após os bombardeamentos, desta quarta-feira, deu instruções ao embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas para solicitar uma reunião urgente do Conselho de Segurança.
“O assassinato de civis, a ruína de infraestruturas civis são atos de terror. A Ucrânia continua a exigir uma resposta resoluta da comunidade internacional a estes crimes”, disse Zelenskyy no Twitter.
O embaixador adjunto da Rússia na ONU, Dmitry Polyansky, disse no Telegram que a reunião foi convocada.
Entretanto, o Kremlin divulgou imagens onde se viu o antigo presidente russo Dmitry Medvedev a visitar uma fábrica de produção de mísseis na região de Moscovo. Na rede social Telegram, Medvedev escreveu que os inimigos da Rússia esperam em vão que as suas capacidades militares se esgotem pois afirmou que há mísseis “suficientes para todos”.
Para ajudar os ucranianos a mitigarem os estragos na rede elétrica, os Estados Unidos da América anunciaram, esta quarta-feira, que estão a enviar mais 400 milhões de dólares em munições e geradores para a Ucrânia.