Política
Ministro da Defesa diz que fratura da confiança no comando do Exército motivou troca
General Júlio César de Arruda foi demitido do cargo neste sábado, 21; sucessor será o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva
FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ministro da Defesa, José Múcio fala sobre troca de comando do Exército Brasileiro
O ministro da Defesa, José Múcio, oficializou, na noite deste sábado, 21, a troca no comando do Exército Brasileiro. O general Júlio César de Arruda foi demitido do cargo, mais cedo, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O sucessor será o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Em um breve discurso no Palácio do Planalto, Múcio disse que houve uma “fratura” no comando do Exército após os atos de vandalismo ocorridos, em 8 de janeiro, em Brasília. “Evidentemente que com esses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do dia 8 de janeiro, as relações no comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança. Achávamos que podíamos estancar isso logo no início até para que nós pudéssemos superar esse episódio”, explicou o ministro sem dar mais detalhes. Tomás Miguel Ribeiro Paiva estava ao lado de Múcio e não se pronunciou. A passagem oficial do cargo deve ocorrer na próxima semana. Tomás, desde 2021, era responsável pelo Comando Militar do Sudeste. Antes de se tornar o novo comandante do Exército, o posto mais alto assumido por ele na carreira militar foi de general em 2019. Na época, ele integrou o Alto Comando do Exército, órgão colegiado onde são debatidos assuntos da Polícia Militar Terrestre e temas de interesse do comandante do Exército. O novo comandante do Exército Brasileiro nasceu em São Paulo e iniciou a carreira militar em 1975, quando entrou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. Lá, ele foi declarado aspirante a oficial da Arma da Infantaria em 1981. Além disso, Tomás foi comandante, em 2012, da Força de Pacificação da Operação Arcanjo VI, no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. O general também já chefiou o Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília, e foi ajudante de ordens do presidente da República no governo de Fernando Henrique Cardoso e Assessor Militar do Brasil junto ao Exército do Equador.