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Nova ofensiva russa em Lugansk já começou
A Rússia continua a bombardear várias cidades ucranianas e iniciou a próxima grande ofensiva na região de Lugansk, no leste do país.
A informação é avançada pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW no acrónimo em inglês) num relatório recente.
“As forças russas recuperaram terreno na Ucrânia e começaram a próxima grande ofensiva na região de Lugansk. O ritmo das operações russas ao longo da linha de Svatove-Kreminna, em Lugansk, aumentou acentuadamente durante a última semana”, refere o ISW.
“O destacamento de elementos que fazem parte de pelo menos três grandes divisões russas especializadas em operações ofensivas para esta região indica que a ofensiva começou, mesmo que as forças ucranianas estejam até agora a impedir as tropas russas de conseguirem ganhos significativos”, acrescenta o relatório.
De visita a Washington, o secretário-geral da NATO defendeu o aumento do apoio à Ucrânia, juntamente com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Stoltenberg também alertou que “se a Rússia vencer a Ucrânia, o mundo será menos seguro.”
Críticas no Conselho de Segurança da ONU
No Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Alta Representante para Assuntos de Desarmamento da ONU, Izumi Nakamitsu, disse, esta quarta-feira, que uma solução negociada do conflito é, para já, escassa enquanto a atual lógica militar prevalecer.
Ressalvou que o grande fluxo de armas em situação de conflito pode escalar a violência.
A reunião de ontem foi solicitada pela Rússiapara discutir o aumento do fornecimento de armas à Ucrânia pela Ocidente.Contou com a participação do músico britânico Roger Waters, cofundador da banda Pink Floyd, que falou por videoconferência na qualidade de “ativista civil a favor da paz.”
Crítico da política ocidental na Ucrânia, Waters falou numa invasão “ilegal”, mas induzida, e acabou, ele próprio, a ser alvo de críticas de vários diplomatas no Conselho de Segurança.
Enquanto isso, o grupo de mercenários Wagner anunciou o fim do recrutamento de reclusos russos para combater na Ucrânia.
Fundado por Yevgeny Prigozhin, recrutou milhares de presos para lutar na Ucrânia a troco de uma redução da pena.