O principal diplomata de Taiwan em Washington segue uma linha delicada

Ela extrai grande parte de sua influência de seu relacionamento próximo com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que representa o pró-independência do Partido Democrático Progressista de Taiwan, e de quem já foi porta-voz. Além disso, Hsiao conta com Bolton e o principal funcionário do Conselho de Segurança Nacional de Biden para a Ásia, Kurt Campbell, como amigos de décadas.

Durante anos, as autoridades americanas proibiram os antecessores de Hsiao de visitar a Casa Branca e o Departamento de Estado. Essas diretrizes foram relaxadas com o tempo, e ela agora faz visitas regulares, embora discretas, à Ala Oeste e Foggy Bottom.

Ela é uma regular indisfarçável no Capitólio, como quando se sentou ao lado de Kevin McCarthy, então líder republicano na Câmara, no verão passado para uma discussão transmitida ao vivo pela Força-Tarefa da China de seu caucus. “Ela realmente tem a confiança das pessoas aqui em Washington”, disse Bonnie Glaser, especialista em China do German Marshall Fund, que também conhece Hsiao há muitos anos.

Sentada em um elegante salão de recepção em Twin Oaks, com um piano de cauda e janelas do chão ao teto com vista para um gramado, a Sra. Hsiao descreveu sua posição como “legalmente não oficial”.

Por isso, ela culpa Pequim. “Os taiwaneses se ressentem não apenas de serem intimidados, mas também de saber que não podemos ter amigos”, disse ela.

Isso ajuda, disse Hsiao, que a apreciação em Washington tenha crescido “por Taiwan como uma democracia, como uma força do bem e como um verdadeiro parceiro dos Estados Unidos”. Ao mesmo tempo, disse ela, pesa muito a ameaça de um governo chinês de que fala em absorver Taiwan.