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P62 » Conservadora, contra o aborto e contra vacina obrigatória: saiba quem é Caroline de Toni, nova presidente da CCJ

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P62 » Conservadora, contra o aborto e contra vacina obrigatória: saiba quem é Caroline de Toni, nova presidente da CCJ

Deputado casado comisso mais importante da Câmara após acordo do PL com o PT, apesar de o Palácio do Planalto ter tentado evitar sua indicação

Bruno Spada/Câmara dos Deputados Caroline de Toni é nova presidente da CCJ da Câmara

A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) foi escolhida como nova presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o colegiado mais importante da Casa. Ela integrante do núcleo duro dos parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-aluna do falecido guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho. A ida de Caroline para a CCJ foi referendada nesta quarta com apoio do PT, do presidente Luiz Incio Lula da Silva. O PL indicou a catarinense para a liderança do colegiado com a intenção de a comissão apreciar o maior número possível de pautas conservadoras e deix-las prontas para o plenário da Casa. Entre os textos que devem avançar com o comando do parlamentar estão a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões monocríticas dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e o projeto de lei que investiga o casamento homoafetivo. Caroline Rodrigues de Toni tem 37 anos e nasceu em Chapec, no oeste catarinense. Ela é advogada por formação, sendo graduada em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapec (Unochapec) e mestre em Direito Público pelo Centro Universitário Estácio de Santa Catarina.

O novo presidente da CCJ exerce o seu segundo mandato na Câmara foi eleito em 2018 e em 2022, endossando ideias conservadoras. Em 2018, ela estava no PSL, legenda que também abrigava Bolsonaro, e recebeu 109.363 votos, sendo a mulher mais votada no Estado. Em 2022, acompanhando o ex-presidente na migração para o PL, foi o parlamentar mais votado no Estado com 227.632 votos (5,7% dos votos vlidos). Na Câmara, Caroline costuma abordar temas considerados caros pela ala raiz do bolsonarismo. Um parlamentar mostra contrariamente a obrigatoriedade das vacinas, a descriminalização das drogas, o aborto e as cotas raciais e femininas. O novo presidente da CCJ também é favorável ao ensino doméstico, também conhecido como homeschooling e ao uso civil de armas de fogo.

O Palácio do Planalto tentou evitar que Caroline assumisse a CCJ. Nos bastidores, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e outras lideranças do Centro chegaram a avaliar que o parlamentar era polêmico demais para presidir o colegiado. Apesar disso, o PL manteve a indicação. Desde que assumiu o primeiro mandato na Câmara, em 2018, Caroline apresentou 38 projetos de lei, mas nenhum foi aprovado pelo plenário da Casa no momento. O presidente da CCJ quer, por exemplo, impedir a obrigatoriedade da vacinação. O último projeto protocolado pelo parlamentar foi no mês passado e busca evitar que o Ministério da Saúde obrigue a população brasileira a tomar vacinas que não tenham eficácia comprovada. A proposta estabelece que o governo federal deve esperar de 10 a 20 anos desde a criação do medicamento para obrigar a população a se imunizar.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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Redação

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