P62 » Bancos de desenvolvimento multilaterais deverão emprestar até US$ 400 bi em 10 anos

Os dez bancos de desenvolvimento multilaterais (MDBs, na sigla em inglês) se comprometeram a emprestar entre US$ 300 bilhões e US$ 400 bilhões na próxima década. A meta foi anunciada neste sábado, 20, após encontro do grupo, que rene organismos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), mais conhecido como Banco dos Brics, em paralelo às reuniões da Primavera, realizadas em Washington, ao longo desta semana.

A promessa de liberar bilhões de dólares nos próximos anos uma das cinco medidas conjuntas anunciadas pelos MDBs no âmbito do compromisso de terem uma atuação mais eficaz e complementar, como um sistema. Então elas: aumentar a capacidade de financiamento dos bancos de desenvolvimento multilaterais; contribuições a ao conjunto para as mudanças climáticas; reforçar a colaboração e o cofinanciamento em nível nacional; catalisar a mobilização do setor privado e melhorar a eficiência e o impacto do desenvolvimento.

Os compromissos reforçados representam o fortalecimento da colaboração entre os organismos e têm como objetivo aumentar o impacto e a escalada de suas ações diante dos desafios urgentes de desenvolvimento no mundo, afirmam os BMDs, em nota de imprensa. O BID teve presidência rotativa do grupo neste ano, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) participa das discussões como um rgo associado.

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Bancos multilaterais: ineditismo

De acordo com o presidente do BID, Ilan Goldfajn, a iniciativa dos MDBs é iniciada. De forma pioneira, discutimos nossa colaboração e vamos trabalhar como um sistema. Estamos trabalhando para servir melhores nossos passos e juntos conseguiremos fazer mais, com mais impacto e em maior escala, afirma o brasileiro, em nota imprensa.

Alm de Ilan, que foi presidente do Banco Central, o encontro dos MBDs reuniu nomes como a ex-presidente Dilma Rousseff, atualmente no comando do NDB, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga , dentre outros.

O anúncio dos bancos de desenvolvimento multilaterais ocorre em meio à cobrança de líderes do G20, sob o comando do Brasil neste ano, para uma reforma dos bancos de desenvolvimento multilaterais. O entendimento do grupo, que rene as maiores economias do mundo, que o passo fundamental para que essas instituições sejam melhores, maiores e mais eficazes.

Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que liderou o G20 Brasil, informou que as novas orientações para os MDBs serão lançadas aos membros do grupo na reunião de outubro. Os entendimentos serão consolidados no que o grupo chama de Roteiro do G20.

Os bancos multilaterais de desenvolvimento têm um papel crucial na construção de um mundo mais justo e sustentável, disse Haddad, durante discurso na segunda reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 Brasil, em paralelo às reuniões de Primavera.

Segundo os MDBs, as cinco metas anunciadas neste sábado também serão uma contribuição importante para o próximo Roteiro do G20, cujo objetivo transformar os bancos em um sistema melhor, maior e mais eficaz.

►Notícias de Manaus e do Amazonas.

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