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Política

P62 » Defesa de Bolsonaro diz ao STF que visita à Embaixada da Hungria foi ‘agenda política’ e que ex-presidente não temia ser preso

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P62 » Defesa de Bolsonaro diz ao STF que visita à Embaixada da Hungria foi ‘agenda política’ e que ex-presidente não temia ser preso

Em esclarecimentos enviados ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados alegaram que não havia motivo para o ex-presidente articular uma fuga porque, naquela altura, sua prisão preventiva era 'improvável'

Dida Sampaio/Estado Contedo Defesa argumenta que, se fosse mandar prender Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes não teria mandato para montar seus passaportes

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (27) que a visita dele Embaixada da Hungria, entre os dias 12 e 14 de fevereiro, após ter os passaportes recolhidos no inquérito do golpe, foi uma agenda política. Sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador, alegando os advogados. Os esclarecimentos foram enviados ao ministro Alexandre de Moraes, que havia dado 48 horas para a defesa do ex-presidente se explicar. Foi ele quem mandou Bolsonaro entregar os passaportes, no ms passado.

Os advogados alegaram que não havia motivo para o ex-presidente articular uma fuga porque, naquela altura, sua prisão preventiva era improvável. A argumentação de defesa de que, se fosse mandar prender Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes não teria mandato para colocar seus passaportes. Dias antes da visita à embaixada, foi ferido deciso pelo lImo. O Ministro Relator impôs medidas cautelares consistentes na apreensão do passaporte e a proibio de se ausentar do Pas, o que já indicava que a decretação de uma medida mais severa, como a prisão preventiva, não estava iminente, diz outro trecho do documento.A defesa afirma ainda que o ex-presidente se apresentou a Justia todas as vezes em que foi intimado e fez questo de comunicar com antecedência, por cautela, as viagens que pretendia fazer durante uma investigação, como por exemplo posse do presidente da Argentina Javier Milei.

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Não há, portanto, motivos mínimos e nem mesmo cenário jurídico a justificar que se suponha algum tipo de movimento voltado para obter asilo em uma embaixada estrangeira ou que indique uma intenção de evadir-se de autoridades legais ou obstruir, de qualquer forma, a aplicação da lei penal.Nas redes sociais, o advogado Fbio Wajngarten disse que a defesa queria despachar pessoalmente com o ministro, a fim de elucidar por completo toda e qualquer especulação fantasiosa sobre o tema, mas que invejou o documento pelo sistema de processo eletrônico porque o STF está de recesso.

A visita de Bolsonaro Embaixada da Hungria foi revelada pelo jornal americano The New York Times, o que levantou suspeitas da Polícia Federal. A PF decidiu investigar se o ex-presidente tentou articular uma manobra diplomática para evitar ser preso no inquérito que apura uma tentativa de golpe. Os policiais federais querem saber, por exemplo, se a visita à embaixada tem relação com algum pedido de asilo político, o que a defesa nega.

*Com informações do Estado Contedo

►Notícias de Manaus e do Amazonas.

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Redação

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