Economia
P62 » Economistas veem impacto do RS sobre PIB no 2ºtri, com 'rebote' no 3ºtri
O impacto negativo das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a atividade econômica deve aparecer principalmente nos dados do segundo trimestre. Os esforços para a recuperação, porm, podem gerar um reembolso parcial no Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre seguinte, avaliados por economistas consultados pelo Projees Broadcast.
Diante dessa meta, o Santander Brasil conseguiu recentemente o projeto para o PIB brasileiro do segundo trimestre, de crescimento de 0,3% para 0,1%, e aumentou a estimativa para o terceiro trimestre, de 0,5% para 0,6 %. O economista Gabriel Couto ressalta que, se o impacto negativo for maior, a recuperação tende também a aumentar.
Couto pondera que a duração do efeito varia entre os setores. Aqueles em que tendem a ser mais rápidos, como alguns segmentos dentro de serviços, exemplifica. O impacto mais duradouro que vemos sobre a indústria. A perda de capacidade produtiva e a destruição do capital fixo podem comprometer o setor por um pouco mais de tempo no Estado.
O banco elevou recentemente um projeto para o PIB de 2024, de crescimento de 1,8% para 2,0%. O aumento foi motivado pelas consequências do cenário mais aquecido do mercado de trabalho, mas foi parcialmente compensado pelo efeito baixista estimado para as consequências da situação no Rio Grande do Sul.
A XP também impediu recentemente a estimativa para o PIB do segundo trimestre, de alta de 0,5% para 0,1%. Vemos a indústria e os serviços do Estado como os setores mais impactados, mas claro que o agro tende a sofrer também, pontua o economista Rodolfo Margato.
Ele ressalta que o efeito de baixa sobre a atividade econômica deve ser concentrado no segundo trimestre, com compensação de expectativas parciais para a segunda metade do ano, principalmente no terceiro trimestre.
A XP mantém, por enquanto, projeto de crescimento de 2,2% para o PIB de 2024, mas adicionado vis de baixa estimativa. Margato calcula que o impacto líquido negativo da situação no Rio Grande do Sul pode ficar entre 0,2 ponto porcentual e 0,3 ponto do PIB.
O Banco MUFG Brasil, por sua vez, ainda não revisou o projeto para o PIB do segundo trimestre, mas o economista-chefe Carlos Pedroso considera que a tendência de diminuição é a estimativa de crescimento de 0,6%. Ele corrobora a expectativa de que parte desse impacto negativo deverá ser compensado no trimestre seguinte, com investimentos e esforços para reconstrução do Estado.
Por agora, o banco também mantém um projeto de crescimento de 2,1% para o PIB de 2024. Vamos avaliar realmente a profundidade do impacto do Rio Grande do Sul e o impacto de recuperação frente, para vermos se faremos uma revisão para baixo ou no , diz Pedroso.
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