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P62 » Em audiência no STF, Mauro Cid nega coação da PF em delação e diz que áudios foram 'desabafo'

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P62 » Em audiência no STF, Mauro Cid nega coação da PF em delação e diz que áudios foram 'desabafo'

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi ouvido pelo STF e falou sobre as graves em que ele sugere ter sido pressionado pela PF para confirmar uma 'narrativa pronta'

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADO CONTEDO Mauro Cid acusado de descumprir regras da delação

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, negou durante o depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter sido coagido em sua colaboração premiada e confirmou o que havia aqui durante sua delação. “Nunca houve indução de respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a falar algo que não teria acontecido”, afirmou nesta tarde. Cid foi ouvido por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois de vir a público comentários em que ele sugere ter sido pressionado pela PF confirmar uma “narrativa pronta”. Após prestar depoimento, Cid voltou a ser preso.

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O ex-ajudante de ordens deu depoimentos nesta sexta-feira, 22, para explicar áudios gravados por ele. Ele afirmou que fez um “desabafo” em uma conversa privada e que não sabe como a mensagem foi divulgada. Disse ainda que não se lembra exatamente de quem conversou. Nas graves, divulgado pela revista Veja, o militar faz críticas à Polícia Federal e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam que eu confirmasse a narrativa dele. isso que eles queriam, e toda vez eles falavam olha, a sua colaboração é muito boa, diz Cid em um dos trechos.

Como mostrou a reportagem da Jovem Pan, em nota, a defesa do ex-ajudante de ordens alegou que os áudios não comprometiam a delação. Mauro Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que investigado e colaborador, alis, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios , diz uma nota. Assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, Cid investigou em inquéritos que investigam tentativa de interferência nas eleies e fraude em cartões de vacina.

Ao se concordar com a delação premiada, Cid acabou em contar o que sabe em troca da diminuição de uma eventual pena. As gravações dos áudios são um descumprimento com as regras da delação, como fazer comentários sobre o acordo, que está em sigilo. O depoimento desta sexta foi para o desembargador Airton Vieira, magistrado instrutor no gabinete de Moraes.

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Redação

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