Economia
P62 » Juros futuros: mercado precifica terminal Selic mais alta após onda de dados fortes
Os juros futuros fecharam na sexta-feira, 15, acumulando avanço também no cmputo semanal. As taxas curtas e intermediárias responderam novas levas de dados fortes de atividade e do mercado de trabalho e enquanto, ao exterior adverso. O mercado agora v um cenário menos propício aos cortes da Selic e na curva do termo precificação de impostos terminal hoje voltou a subir. No balanço da semana, todas as taxas avanaram, mas enquanto em ritmo mais acentuado, o que resultou em ganho de inclinação.
No fechamento, a taxa do contrato de Depsito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 9,965%, de 9,896% ontem sem ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 subia a 9,88%, de 9,78% ontem. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 10,12% (de 10,02%) e o DI para janeiro de 2029, taxa de 10,61% (de 10,51%).
Mal o mercado conseguiu digerir os números do varejo ontem e hoje já veio a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para completar o combo de indicadores econômicos da semana que coloca em alerta o ritmo do processo de desinflao. O aumento de 0,7% do volume de serviços em janeiro, na margem, não veio muito acima da mediana, que apontava queda de 0,5%, como superou por larga margem o teto da pesquisa do Projees Broadcast, de alta de 0,2%. Na sequência, chegou o Caged do mesmo ms apontando geração líquida de 180.395 vagas, acima da expectativa mais otimista do mercado, de 115.496 vagas. O quadro indica um PIB melhor do que o esperado no primeiro trimestre, mas também que a inflação pode demorar um pouco mais para chegar à meta de 3% como almeja o Banco Central.
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A precificação da Selic terminal nos DIs, que ontem era de 9,60%, caiu apostas no meio do caminho entre 9,50% e 9,75%, nesta tarde subiu para 9,70%, mais perto, portanto, da banda superior. Para a reunião da próxima semana, a precificação de -50 pontos seguiu intacta, enquanto para o Copom de maio oscilou de -45 para -44 entre ontem e hoje.
O mercado não influencia as decisões mais próximas do Copom, mas pode pesar sobre a taxa terminal da Selic, com a autoridade monetária podendo optar pela cautela e encerrar antecipadamente o ciclo de queda dos juros diante dos sinais de que uma economia segue resiliente após dados fortes de varejo, serviços e empregos, afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
A certeza de que a Selic cairia para 10,75% na quarta-feira contrasta com as dúvidas sobre o manuteno do forward guidance do comunicado, de mais dois cortes de 0,5 ponto. O mercado passou a incorporar maior probabilidade de mudança, via ajuste no plural de próximas reuniões para o singular. Se confirmado, teria espaço para a curva puxando ainda mais os prêmios para cima no ps-Copom.
O ritmo de correção da ponta longa não ficou muito atrs dos demais trechos, com avanço de mais de 10 pontos no fim da tarde, na esteira dos ajustes das apostas para os juros nos Estados Unidos, que também vo ficando mais cautelosas. O rendimento da T-Note de dez anos voltou a cruzar a linha de 4,30%, marcando 4,314%.
Assim como para o Copom, há grande expectativa para a reunião do Federal Reserve na quarta-feira, especialmente sobre como vir o gráfico de pontos após indicadores recentes de inflação e atividade nos EUA. Junto com o Fed, decisões dos bancos centrais do Reino Unido e do Japão também são tão esperadas na próxima semana. Este último poderia ser o mais impactante no mercado, especialmente com a especulação se intensificando de que o Banco do Japo aumentaria as taxas de juros pela primeira vez desde 2007, afirmam os profissionais da Guide Investimentos.
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