Política
P62 » Marinho defende mais participação dos trabalhadores nos lucros das empresas
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), afirmou, nesta quarta-feira (1º) que se deve combater discursos que vendem equívocos sobre a relação entre a geração de empregos e a alta da inflação.
A declaração foi dada durante o ato que celebrou o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, realizado na Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo. Este ano, o tema definido pelas centrais sindicais foi “Por um Brasil mais justo”.
Também integraram a comitiva do presidente Lula o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Anielle Franco, da Igualdade Racial, Cida Gonçalves, das Mulheres, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e André Fufuca, dos Esportes. Outros ministros que compareceram foram Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.
Marinho sustentou que é errado entender a expansão de postos de trabalho como um fator que puxa a inflação para cima, como argumentam “os chamados especialistas do mercado, muitas vezes, liderados pelo Banco Central”. Segundo ele, o país precisa de mais empregos e mais participação dos trabalhadores nos lucros das companhias.
“Precisamos combater essa visão invejada”, declarou. “Hoje é um dia de luta, de resistência global, em que uma classe trabalhadora resiste bravamente aos ataques ferozes do atraso, do preconceito, do ódio e da raiva. Temos todos os motivos para lutar, mas hoje, em particular, no Brasil. Como diz o presidente Lula, também temos motivos para festejar. Quais são as razões das comemorações? Se olharmos o período recente do Brasil, no qual o governo do golpe [de Michel Temer] eo governo nefasto [de Jair Bolsonaro] veio tirar direitos da classe trabalhadora. É um processo de retirada de direitos e temos obrigações de lutar com vocês para reconstruir.”
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, ressaltou, em sua fala, a capacidade de Lula quanto a manter a proximidade com a base de articulações políticas do país. Ele salientou que, com frequência, o que se tem divulgado é o oposto. “Ao contrário, foi o presidente Lula quem distribuiu o diálogo com o movimento social”, afirmou.
As lideranças sindicais também tomaram a palavra, ao microfone, ao longo do evento, para abordar pautas regionais, que dizem respeito à pasta da educação e às outras áreas impactadas mais fortemente pelo governo de Tarcísio de Freitas, alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Algumas fizeram menção ao processo de privatização em curso no estado de São Paulo, que inclui, entre várias medidas, a transferência de empresas como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia SA (Emae ) do setor público para a iniciativa privada. Os diretores sindicais falaram, ainda, sobre “uma elite atrasada”, que operaria somente em função do capital, e a permanência de agentes do fascismo no país.
Como em anos anteriores, o ato contornou com uma programação cultural, que oferecia atrações do rap e do samba ao público.
►Notícias de Manaus e do Amazonas.
#Marinho #defende #mais #participação #dos #trabalhadores #nos #lucros #das #empresas