Economia
P62 » PIB brasileiro deve subir 2,3% em 2024, projetam instituições de crédito
A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) elevou um projeto de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2% para 2,3%. A revisão, feita pelo economista-chefe da entidade, Nicolas Tingas, consta do relatório Financeiro Acrefi divulgado neste fim de semana.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou recentemente que o governo federal pode elevar a estimativa de crescimento de 2024 de 2,2% para 2,5%. O mercado, de modo geral, também vem revisando seu projeto de PIB para cima para considerar que o governo, em área de recente queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem acentuado medidas de estímulo para contribuições mais rápidas o crescimento econômico.
Esta observação foi realizada por Tingas no relacionamento do Acrefi. De acordo com economista, esta área do governo vai se somar ao já esperado aumento de gastos em anos eleitorais.
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Este ano, em especial, o atual gesto federal pretende fazer uma intensiva nos gastos para recuperar os municípios governados pela oposição bolsonarista. Esse conjunto de esforços deve enfraquecer a herana contracionista trazida para este comeo de ano pela desaceleração do ritmo de crescimento do PIB no final de 2023.
O governo, inclusive agora reagindo à recente queda de popularidade, tem acentuado medidas e estímulos para desenvolver mais rapidamente o crescimento econômico, observa o economista do Acrefi.
Na outra ponta, destaca Tingas, o Banco Central (BC) manifesta maior incerteza com relação ao cenário futuro, estabelecendo cautela na trajetória de redução da taxa básica de juros.
Na avaliação do economista, a postura do BC tem a ver com a abordagem do governo federal, de alavancar a demanda agregada da economia, acrescida significativamente pelos gastos elevados eleitorais de Estados e municípios combinados com uma expansão franca do crédito privado, a partir de medidas em elaboração, aprovação competente e implementação pelo Ministério da Fazenda.
O agregado macroeconômico de maior emprego, renda e crédito em seu clássico efeito multiplicador da renda disponível no curto e médio prazo elevar o PIB de 2024 para um patamar acima das expectativas atuais, refora Tingas, que também eleva seu projeto para o terminal Selic neste ano de 9% para 9,25% ao ano.
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