P62 » Ricardo Nunes ouve críticas sobre a escolha do coronel Mello Araújo como vice em evento

Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Mello Arajo foi indicado ao posto de vice de Nunes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP O caso ocorreu neste sábado (22) na primeira agenda pública de Nunes aps o anúncio do vice feito por Tarcsio (esquerda) ontem

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) pegou críticas pela escolha do coronel da reserva Ricardo de Mello Arajo (PL) como seu vice na campanha de reeleio Prefeitura de São Paulo neste sbado (22), um dia após a confirmação do militar na chapa do emedebista . Durante evento de inauguração de um campo de futebol, o mais velho da comunidade Guilherme Corra repreendeu uma indicação do coronel Mello Arajo ao posto de vice. “Ns que somos favela não aceitamos mais armas na comunidade. A gente quer livros, Bblia, pessoas com o olhar social. Favela tudo menos arma. Favela não tem vagabundo”, afirmou.

A declaração de Corra foi feita no palco montado para o evento da Prefeitura. Nunes acompanhou as críticas ao lado do mais velho da comunidade. O caso ocorreu na primeira agenda pública de Nunes após o anúncio do vice. O ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Mello Arajo foi indicado ao posto de vice de Nunes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Inicialmente, o entorno do prefeito declarou resistência ao nome do ex-Rota, mas acabou cedendo diante do risco de perder o apoio de Bolsonaro, especialmente com a entrada do técnico Pablo Maral (PRTB) na disputa.

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Bolsonaro, Mello Arajo ecoa o discurso do ex-presidente com ataques ao Judiciário e defesa da pauta conservadora de costumes Ele foi diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) durante o governo Bolsonaro. A ideia da campanha de Nunes destacou o gesto de Mello Arajo na Ceagesp, o apresentando como um técnico, e no um político, e o envolvendo na formulação do plano de governo na área de segurança pública. Embora a segurança pública seja responsabilidade do governo estadual, ela tem sido marcada como uma prioridade para os eleitores paulistanos nas pesquisas eleitorais mais recentes.

Um gesto de Mello Araújo na Ceagesp foi marcado pela militarização da empresa pública e por confrontos com o Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sindbast). O ex-comandante da Rota preencheu a maioria das cargas comissionadas com policiais militares militares e instalou um clube de tiro na sede da companhia, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital.

Mello Arajo tentou expulsar o Sindbast da Ceagesp, mas foi impedido pela Justiça. A direção da entidade acusa o coronel de invasão o sindicato com seguranças armados após uma decisão judicial. Em nota divulgada na época, o Sindbast afirmou que os funcionários e diretores da entidade foram intimidados pelos homens armados que acompanhavam Mello Arajo.

Em 2017, o comandante da Rota, Mello Arajo, fez uma declaração política em entrevista ao Uol. Na ocasião, ele afirmou que os PMs que atuam na região nobre e na periferia de São Paulo adotam formas diferentes de abordagem. época, o Comando Geral da Polícia Militar defendeu o tenente-coronel, afirmando que a declaração foi retirada de contexto.

Publicado por Carolina Ferreira

*Com informações do Estado Contedo

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